A mulher envolvida no assassinato de Aldoberto Pereira Barbosa, 38 anos, teve a prisão preventiva revogada pela justiça. Em depoimento, "E." confessou que entrou em contato com várias pessoas para saber o endereço da vítima a fim de ajudar o marido e o filho para a execução. O homem foi morto com três tiros no dia 4 de junho deste ano na cidade de Juti.
Conforme relato da mulher, a vítima era seu primo e seu marido "A.B.O.", 43 anos, disse que precisava do endereço dele porque queria matá-lo por estar devendo R$ 46,00 referente a duas caixas de cerveja que pegou na conveniência da família, em Naviraí.
Ela então ligou para sua irmã na intenção de conseguir a localização exata da vítima, mas a mesma apenas respondeu que era perto do mercado.
"E." então ligou para outro primo que passou o endereço de Aldoberto. Ela agradeceu e informou ao marido onde poderia encontrar a vítima. "A." mandou a esposa ir até Juti matar Aldoberto, mas 40 minutos depois ele decidiu ir com o filho "A.S.O.",18 anos. Os dois saíram de Naviraí em uma motocicleta Yamaha Factor preta e voltaram para casa por volta das 21h30m.
Algum tempo depois, ela conta que perguntou ao marido o que tinha acontecido e ele disse “você acha que fui lá atoa?”, "E." então entendeu que eles haviam realmente matado Aldoberto, mas não os questionais mais e foi dormir. "E." foi presa em flagrante dois dias depois do crime.
A defesa de "E." entrou com o pedido de habeas corpus no dia em que a mulher teve a prisão preventiva decretada. O advogado Diego Marcos Gonçalves, alegou que ela era ré primária e que a liberdade não prejudicaria a ordem pública ou o andamento da ação. Além disso, ele pontuou que a acusada tem outros três filhos pequenos, sendo duas meninas de 10 e 7 anos e um menino de 2 anos.
Na terça-feira (25), a prisão preventiva de "E." foi revogada. A decisão é da 1ª Câmara Criminal que determinou que a mulher não se aproxime de seus familiares, bem como não visite seu marido e filho que estão presos e que use tornozeleira eletrônica por 60 dias e não saia de Naviraí sem autorização judicial. A relatora do pedido é a desembargadora Elizabete Anache.
O marido e filho da mulher continuam presos. "A." também teve o pedido de habeas corpus protocolado, mas ainda não houve decisão.