Música sempre fez parte da vida do campo-grandense Luiz Felipe Gomes. O cantor cresceu cercado de influências da cultura Hip-Hop, que lhe foi apresentada através de seu pai. Hoje com 19 anos, o artista fez da paixão pelo ritmo sua carreira, e já conta com mais de 40 milhões de acessos nos streamings de música.

Luiz Felipe, que adotou o nome artístico Gomesthekid, cresceu ouvindo, principalmente, Rap, R&B, e Hip-Hop. Contudo, o pontapé inicial para seguir carreira musical foi aos 13 anos, quando encontrou um computador parado em sua casa. A partir disto, resolveu aprender a fazer batidas usando um software.

“Meu pai sempre consumiu a cultura Hip-Hop, desde que nasci. Ele ouvia vários artistas nacionais e internacionais e isso acabou me influenciando um pouco. Gostava muito do ritmo, melodia, das batidas. Mas, o pontapé inicial [da carreira] foi aos meus 13 anos, quando encontrei um computador velho parado em casa. Resolvi ligar ele de novo e fui aprendendo a fazer beats com o programa Fl Studio”, contou.

Atualmente, Gomesthekid elegeu o Trap como seu gênero musical. Apesar de novo no Brasil, o ritmo vem conquistando cada vez mais o público. O cantor já soma mais de 40 milhões de acessos e 100 mil ouvintes mensais na plataforma Spotify.

“Para mim é algo surreal, justamente por ser do Trap. Sair de onde eu venho e conseguir trabalhar com os equipamentos que eu tinha me deixa muito feliz. Confesso que a ficha demora a cair”, ressalta.

Cantor de Trap, Gomesthekid. (Arquivo Pessoal)

Gênero musical ainda é pouco conhecido no MS

O Trap é um subgênero do Rap que surgiu nos EUA, na década de 2000. A vertente combina ritmos de diferentes músicas, sons, onomatopeias e uso de sintetizadores. “Diferente do Rap, o estilo não necessita de uma ‘mensagem’. No Trap você tem mais liberdade para cantar sobre várias coisas”, explica o artista.

O estilo musical, entretanto, ainda não conta com muita presença em Mato Grosso do Sul. Portanto, os eventos de Trap ainda são raros no estado. Mas, o cenário não desanima Gomesthekid, que pretende ganhar cada vez mais espaço no local.

“Aqui no estado o Trap ainda não tem força, mas seguimos trabalhando para mudar isso quanto antes. São poucos os eventos, shows. Acho que em parte por medo dos contratantes, afinal aqui o que o domina é o sertanejo. Mas posso garantir que vamos conquistar nosso espaço cada vez mais e mostrar que em Campo Grande tem Trap sim”, pontua.

Assim, seu objetivo na música é inspirar mais jovens que queiram seguir o mesmo caminho. Com muitos sonhos para o futuro, seu próximo projeto é de uma mixtape, com faixas lançadas ao longo de sua carreira.

“Acredito que todos nós temos um propósito e eu encontrei o meu. Deus me deu o caminho e eu fiz a escolha certa. Quero tirar aquele menor que fica na rua, sem visão de futuro, assim como eu era. Quero mostrar que tem sim outros caminhos, e que todo mundo tem um propósito, tem que sonhar e acreditar. Tudo é possível”, afirma.