Israel tem realizado diversos bombardeios massivos no sul do Líbano e no sudoeste de Beirute. Estima-se que os ataques mataram cerca de mil pessoas e que um milhão de habitantes deixaram suas casas. Para o cônsul libanês em Campo Grande, Eid Toufic Anbar, o “Líbano é um palco para presenciar a guerra dos outros”, disse ao Jornal Midiamax.
Eid explica que Israel não está em guerra com o Líbano, mas sim contra o Hezbollah.
“Israel não está em guerra com o Líbano, está em guerra com o partido financiado pelo Irã [o Hezbollah]. Contra o Líbano, não há guerra. Eles querem atacar aquele partido e, se tiver alguém perto, automaticamente vão ser atingidos”, contou o cônsul libanês.
Na visão de Eid, o país está servindo como um ‘palco’ para os ataques. “O Líbano é um palco para presenciar a guerra dos outros. Não vai acabar tão cedo essa guerra”, disse.
Morando há 70 anos no Brasil, Eid lamenta o que está ocorrendo em seu país natal. “É uma pena. Um país onde eu nasci, ficamos com um sentimento extremo porque tenho meus amigos de infância lá”, lamentou.
O cônsul relata que, em sua cidade natal, por enquanto não houve registro de ataques. “Na minha cidade natal, até que não houve ataque nenhum, porque não havia nenhum refugiado desse partido para se esconder. Mas, infelizmente, há ataques”, concluiu.
Na tarde desta terça-feira (1º), o Irã iniciou um ataque com mísseis balísticos contra Israel, conforme informações das FDI (Forças de Defesa de Israel). Os israelenses ouviram sirenes em diversas partes do país, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, as duas principais cidades de Israel.
Explosões estrondosas foram ouvidas nos céus acima de Tel Aviv, e flashes de luz do sistema de defesa Domo de Ferro eram visíveis, segundo o jornal americano The New York Times. Segundo a mídia israelense, mais de 100 mísseis lançados no ataque iraniano. Conforme o Exército de Israel, o Irã lançou mísseis balísticos contra o país.
O Exército de Israel afirmou que os mísseis continuam caindo em território israelense. As Forças de Defesa de Israel (FDI) destacaram que as explosões ouvidas em todo o país são interceptações ou impactos dos mísseis iranianos. Não há registros de mortos ou feridos.