Mariana Agostinho Defensor, 32, desaparecida na noite de domingo (22) em Ivinhema, é mais uma vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Ela foi assassinada a golpes de faca pelo marido, "J.P.S.", de 33 anos, que depois tentou se enforcar.
O delegado Gustavo Oliveira, chefe da SIG (Seção de Investigações Gerais) da Polícia Civil em Ivinhema, informou que o corpo foi encontrado na tarde de ontem, terça-feira (24). Segundo ele, "J." foi preso após confessar o crime.
A confissão ocorreu no Hospital da Vida, em Dourados, para onde "J." foi levado após ser encontrado desacordado em uma área de mata, na Gleba Vitória, município de Ivinhema. No carro dele, um Gol vermelho, a polícia encontrou uma faca suja de sangue e o celular de Mariana.
Inconsciente e com lesão na cervical (possivelmente por causa da tentativa de enforcamento), ele foi transferido para o hospital douradense e levado para a ala vermelha. A reportagem apurou que no período da manhã, "J." recobrou os sentidos e foi transferido para a ala masculina.
Ainda no hospital, ele teria confessado que matou Mariana na frente da filha do casal e deixado o corpo nos fundos de um posto de combustíveis desativado, entre as cidades de Ivinhema e Deodápolis. Ele saiu preso do hospital. Equipes policiais fizeram buscas e localizaram o corpo em meio a uma lavoura de cana.
Mariana desapareceu na noite de domingo. Em publicação nas redes sociais, uma sobrinha dela escreveu que a tia sumiu por volta das 19h daquele dia, após discussão com o marido.
A filha do casal informou aos policias que ouviu o pai dizer que levaria a mãe para o mato. Outras testemunhas também foram ouvidas, o carro foi periciado e a equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) assumiu as investigações.