Condenado a sete anos, dois meses e vinte dias de reclusão, "V.V.N.", acusado de matar o próprio pai a facadas e de carbonizar o corpo em uma fogueira no quintal de uma casa, no bairro Jardim Guanabara, em Dourados, cumprirá a pena em liberdade. A decisão assinada pelo juiz Ricardo da Mata Reis, que também determinou a expedição do alvará de soltura.
O crime ocorreu no dia 13 de março de 2022, mas "V." foi preso dois dias depois. A sentença foi publicada na quinta-feira, de 19 setembro de 2024, e "V." foi considerado semi-imputável pelo Tribunal do Júri da Comarca de Dourados. A semi-imputabilidade é atribuída a pessoas que, embora tenham entendimento parcial da ilicitude de suas ações, possuem capacidade reduzida de se autodeterminar.
O Conselho de Sentença acolheu a tese da defesa, representada pelo advogado Tiago Normanha Jara, que argumentou que o réu apresentava capacidade reduzida de autodeterminação no momento do crime devido a transtornos mentais, agravados pelo consumo de álcool.
O crime
"V.V.N.", 50 anos, acusado de assassinar a facadas e queimar o corpo do próprio pai, Josué Vitorino do Nascimento, 72 anos, foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver e indiciado por homicídio qualificado. À polícia, ele relatou que cometeu o crime com a justificativa de que seria para aliviar o sofrimento do pai, por viver em uma cadeira de rodas.