Uma comissão foi montada para acompanhar os trabalhos de Estevão Petrallas à frente da FFMS (Federação de Futebol de MS) após Assembleia Geral Extraordinária decidir pela permanência do interino.
O grupo é formado pelos dirigentes da Gilmar Ribeiro (Portuguesa), André Baird (Costa Rica), Iliê Vidal (Águia Negra), Luiz Bosco Delgado (Corumbaense) e Italo Milhomem (Cefac/Esquerdinha).
O interino afirmou que dentre os projetos à frente da federação está a criação de sedes regionais para atender os clubes do interior. Os clubes também votaram a favor do afastamento de Cezário da presidência.
Estevão ainda deve convocar uma nova eleição para um presidente efetivo e para tal, precisar mudar o estatuto. Uma das principais funções do grupo é acompanhar as mudanças no estatuto da federação e garantir que as ações não sejam fraudadas.
Estevão é alvo de processo no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) impetrado pelo Esporte Clube Comercial. Após a votação que manteve Petrallas na federação, clubes contrários tentaram nomear um possível substituto por conta de uma vindoura decisão do TJD.
Entretanto, um novo nome teria que ter a aprovação unânime dos dirigentes. Então, os clubes optaram pela criação da comissão.
Alguns clubes filiados não aceitam Petrallas na presidência e movimentam processo no TJD (Tribunal de Justiça Desportivo) para tirá-lo do cargo interino. Claudio Barbosa, do Comercial, é um dos dirigentes que é contra a nomeação e tenta na Justiça Desportiva barrar a nomeação. O Comercial ingressou com denúncia no TJD.
Segundo a denúncia apresentada, Estevão estaria inelegível a partir de 2016 para ocupar tal cargo, nos termos dos artigos 65 da Lei nº 14.597-2023 e 53 do estatuto da FFMS. O motivo seria “ato de inadimplência em prestação de contas acerca de recursos recebidos de órgão público enquanto presidente de Liga Regional de Futebol em 2016”.
A Assembleia Geral Extraordinária dos clubes filiados à FFMS decidiu pela permanência de Estevão Petrallas como presidente interino da entidade por 90 dias.
Estevão foi nomeado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) após a prisão e afastamento de Francisco Cezário, preso na Operação Cartão Vermelho, em 21 de maio. Os clubes votaram e decidiram que Petrallas fica pelos 90 dias estipulados pela CBF.
A diretoria do FFMS assim como os vice-presidentes seguem normalmente nas funções. Agora, Petrallas, que já afirmou ter perdido 10 dias do tempo estipulado pela CBF se defendendo de acusações, vai cumprir o restante do mandato interino e deve convocar novas eleições.
“Primeiro, quero ver se a CBF me autoriza em mais 10 [dias] para acrescentar nesses 90 dias. Mas de uma forma muito mais tranquila agora, para trabalhar. Os clubes precisam entender que eu sou o presidente nesse momento de todos os clubes”, diz Petrallas logo após a assembleia.