Ver Almir Sater de uma maneira completamente diferente e engraçada todos os dias tem sido um deleite para os telespectadores do remake de “Renascer”, novela das nove da TV Globo. Na mesma medida em que adora o violeiro como o mascate libanês Rachid na trama, a audiência também faz lá suas críticas com ressalvas ao visual que a produção deu ao cantor.
O tipo do mascate é engraçadinho e segue a linha do humor. Sim, a Globo colocou Almir Sater para fazer humor no horário nobre e ele topou “brincar” com o personagem. Toda a composição, é claro, se reflete na caracterização, que se mostrou chocante para o público e distanciou, pela primeira vez, o violeiro de tudo que ele já fez antes na televisão.
Enquanto alguns consideram o tipo de Rachid mais “charmoso”, outros afirmam que a produção da emissora conseguiu o impossível: deixar Almir Sater feio. Mas, será que ele concorda com isso? Bom, talvez sim.
É que, em declaração sobre o novo trabalho em novelas, Sater revela que quase não se reconhece e diz que se assusta com a aparência de Rachid.
“É um personagem divertido e muito diferente de tudo que eu já fiz. Eu me vejo no espelho caracterizado e levo um susto (risos). É quase irreconhecível. Mas é ótimo poder se dedicar ao lado de ator, sem vaidades”, declara o cantor.
Nas redes sociais, algumas opiniões vão de encontro com o comentário do pantaneiro. “Talentoso como compositor, como músico, como cantor… e eu achava que era apenas razoável como ator, me enganei… o homem é bom em tudo! Almir Sater. Só deixou de ser lindo com esta caracterização como Rachid; mesmo assim, não consegue ficar feio rs”, relata um fã.
“Senhor, a caracterização conseguiu o impossível: deixar o Almir Sater feio”, diz outro admirador.
De ascendência libanesa, assim como o personagem, Almir já causava burburinhos sobre como faria o sotaque de Rachid, já que seu filho, Gabriel Sater, responsável por interpretar a figura na primeira fase da novela, recebeu muitas críticas pela prosódia.
Por ter convivido com muitos libaneses em casa, o violeiro soube dar o tom correto ao dialeto do salvador de José Inocêncio (Marcos Palmeira) e agradou à audiência já nas primeiras cenas.
E, além dessa ligação entre as origem do artista com o libanês da novela, o violeiro revela que seu passado em Campo Grande foi decisivo para que ganhasse o papel.
“Lembro da novela, muito tempo atrás [1993], meus parentes de Campo Grande gostavam muito de assistir por causa do turco Rachid. Turco não, libanês. A gente ficava brincando de imitar o Rachid, era interessante isso aí e eu contei isso para o Bruno Luperi [autor]. Ele, com muito bom-humor, perguntou se eu queria brincar um pouquinho na novela das nove e fazer um Rachid”, conta o cantor.
Ele ainda recorda como tudo se encaminhou para que Rachid ficasse a seu cargo. “Quando eu ouvi falar sobre a possibilidade de um remake de ‘Renascer’ pela primeira vez eu ainda estava gravando ‘pantanal’. Naquela época eu já me imaginava no personagem e gostava de imitá-lo. Quando foi confirmado que teria uma nova versão da novela, o Bruno me ligou e perguntou se eu gostaria de ‘brincar de Rachid’ de novo. Fiquei muito honrado”, relata Almir Sater.
Apesar de elogiado ao extremo e aclamado por sua atuação convincente, o artista é modesto sobre a participação no remake. “Acho um desafio muito grande”, comenta, dizendo que Rachid é diferente de tudo o que já fez antes na televisão.
Tamanha entrega fez o cantor ganhar nota 10 do colunista e crítico de TV Zean Bravo, do Jornal Extra. “Um grande artista!”, disse o jornalista. Veja: