QUARTA-FEIRA, 04 DE DEZEMBRO DE 2024
DATA: 24/03/2024 | FONTE: Midiamax Secretário-geral na ONU classifica bloqueio de ajuda a Gaza como ‘vergonha moral’ Cerca de 7 mil caminhões aguardam na província do Norte do Sinai, no Egito
Porto de Gaza (Reprodução, X)

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, acompanhou neste sábado, 23, uma longa fila de caminhões com ajuda para Gaza bloqueados do lado egípcio da fronteira. Ele declarou que era hora de “realmente inundar Gaza com ajuda que salva vidas”, chamando a fome no enclave de “vergonha moral”.

Cerca de 7 mil caminhões aguardam na província do Norte do Sinai, no Egito, para entrar em Gaza, disse o governador Mohammed Abdel-Fadeil Shousha, em comunicado. Guterres também instou por um cessar-fogo imediato entre Israel e o Hamas.

Guterres falou no lado egípcio da fronteira, não muito longe da cidade de Rafah, ao sul de Gaza, onde Israel planeja lançar um ataque terrestre, apesar dos amplos avisos de uma potencial catástrofe. Mais da metade da população de Gaza se refugiou lá.

“Qualquer novo ataque só tornará as coisas piores – piores para os civis palestinos, piores para os reféns e piores para todas as pessoas na região”, disse. Ele falou um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU não ter chegado a um consenso sobre o texto de uma resolução dos EUA por “um cessar-fogo imediato e sustentado”.

O secretário destacou repetidamente as dificuldades de levar ajuda a Gaza, pelas quais as agências de ajuda internacional têm culpado em grande parte Israel. “É hora de um compromisso firme de Israel para o total acesso de bens humanitários a Gaza e, no espírito de compaixão do Ramadã, é também hora da libertação imediata de todos os reféns”, afirmou.

Mais tarde, ele disse aos jornalistas que um cessar-fogo humanitário e a libertação de reféns deveriam ocorrer ao mesmo tempo.

Quando perguntado sobre os comentários de Guterres, o escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, referiu-se a uma postagem nas redes sociais do ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, acusando o chefe da ONU de permitir que o organismo mundial se tornasse “antissemita e anti-israelense”.

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