Depois que a longa obra de revitalização do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, terminar e o espaço for finalmente liberado para receber jogos, a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) vai complementar a estrutura no local.
“A Federação tem acompanhado e tem sido parceira nesse sentido de conseguir essas outras coisas que não estão no projeto do Morenão: gramado, iluminação e placar, que não estão nesse projeto do R$ 9,4 milhões”, diz o vice-presidente da FFMS, Marco Antônio Tavares.
Para isso ocorrer, no entanto, há um entrave: a conclusão da primeira grande obra de revitalização do Morenão em mais de 40 anos, que começou em meados de 2022 e já passou por alguns adiamentos.
“Quando acabar essa segunda fase, a gente vai ter a possibilidade de ocupar parcialmente o Morenão para os jogos. Nós temos uns encaminhamentos, como a troca do gramado e a colocação dos dois placares digitais”, esclarece Tavares ao Jornal Midiamax.
Interior do Morenão (Divulgação, UFMS)
Atualmente, segundo a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), a maior parte da obra já está pronta, restando apenas a readequação do Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico e do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, recuperação de pilares e marquises e a impermeabilização da cobertura.
“Foram realizados os vários projetos e aprovações junto aos órgãos de fiscalização, bem como foi iniciada e concluída a grande reforma de todos os banheiros dos torcedores, vestiários dos jogadores e dos juízes”, esclarece a Fapec, em nota enviada à reportagem.
As obras de revitalização fazem parte do pacote de R$ 120 milhões do Governo de MS ao esporte do Estado, divulgado em outubro de 2021 – após aniversário de 40 anos de funcionamento. Desde então, uma novela se iniciou, com diversos atrasos e bate e rebate entre os envolvidos.
Estádio Morenão (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)
Além disso, de acordo com a Fapec, a idade do estádio favorece o surgimento de problemas inesperados, que acabam atrasando as obras. No ano passado, a empresa obteve todas as análises e aprovações do Corpo de Bombeiros e estava aguardando, até meados deste mês, os orçamentos finais das intervenções remanescentes.
Isto vai possibilitar o encaminhamento das planilhas e orçamentos para aprovação do Governo de MS e posterior realização de processo licitatório para contratar a execução dessas intervenções. “Após as devidas aprovações, estima-se que o prazo para licitação e execução total dos serviços seja de até doze meses”, finaliza.
Desde o início das obras, o Estádio Morenão – principal arena de Mato Grosso do Sul – deixou de receber grandes eventos esportivos. No ano passado, o Pedro Pedrossian deixou de sediar os jogos do Campeonato Estadual Série A e também não recebe as partidas do Operário no Brasileirão Série D e Copa do Brasil.
De acordo com o vice-presidente da FFMS (Federação de Futebol de MS) e coordenador de competição, Marco Antônio Tavares, o Estado chegou a perder a oportunidade de receber o jogo entre Brasil e Paraguai, na seleção pré-olímpica.
“[…] Isso acaba prejudicando o torcedor de uma forma geral; o torcedor deixa de ter essa possibilidade de assistir a esses jogos”, diz ao Jornal Midiamax.
“Se a gente tivesse o Morenão funcionando, além do Estadual praticado em um estádio de melhor qualidade, nos teríamos também a condição de trazer outros jogos da séria A, da série B”, finaliza.
Talvez o maior evento, que movimentou Campo Grande, foi o fatídico “Jogo dos Amigos do Éder Militão”, que poderia ser histórico para MS e para o próprio estádio, que já teve até visita de ovnis.