“Parece que ele sentia ou já sabia”. Comentários como este têm aparecido com frequência quando o assunto são as últimas publicações, mensagens e atitudes de João Carreiro nos dias que antecederam sua morte. Além de “brincar” com o assunto na sala de cirurgia, em seu último story publicado em vida, o cantor falou com um amigo sobre a possibilidade de morrer.

Sempre bem-humorado, João Carreiro se referia à morte usando o termo “empacotar”. A conversa foi divulgada pelo cantor Gabriel Vittor e aconteceu quando João contou, por meio das redes sociais, sobre a cirurgia para colocada de válvula no coração que ia fazer.

“Deus abençoe, irmão. Em nome de Jesus, já deu tudo certo”, enviou Gabriel. João então respondeu: “Amém, estamos juntos. Se eu empacotar, volto pra te perturbar. Fica tranquilo”, brincou.

Nervoso com a resposta, Gabriel Vittor o repreendeu. “Para com essa po**a. Nem brinca, carai”, disparou ele. “Deus já pôs a mão, mano véi. Ele sabe o que é mió e eu confio plenamente”, respondeu João Carreiro.

Em publicação de homenagem para o amigo, Gabriel Vittor compartilhou o trecho do bate-papo com João Carreiro e escreveu, emocionado. “Como eu queria que tivesse ficado só na brincadeira, mano véi”. Veja:

Conversa de Gabriel e João Carreiro

Premonição?

Em vídeo publicado no Natal, o artista deixou um recado que vem sendo apontado por fãs e seguidores como premonitório. “Aproveita seus parentes, seus amigos, seus familiares. Beije e abrace, que a hora da partida ninguém sabe”. Ele morreu 9 dias depois, nesta quarta-feira (3), aos 41 anos.

Do mesmo modo, João Carreiro também falou sobre a morte assim que deu entrada no hospital de Campo Grande, onde realizou a cirurgia de peito aberto.

“Se eu empacotar eu não quero saber dessa roupinha aqui não, hein? Não combinou muito comigo isso aqui, não. É de florzinha”, disse ele, sobre a camisola hospitalar.

Horas depois, o cantor foi a óbito por complicações na cirurgia para colocada de válvula no coração. Ele tinha prolapso da válvula mitral, popularmente conhecido como “sopro”.