O passado é sempre tema de curiosidade entre as pessoas, especialmente quando existem objetos capazes de transportar qualquer fascínio para os tempos remotos da civilização. No centro de Eldorado, cidade a 438 quilômetros de Campo Grande, uma casa de antiguidades resguarda o passado com verdadeiros tesouros do tempo. De itens pertencentes ao século XX até aqueles com valores estimados em R$ 6,5 mil, todos possuem uma grande missão na vida dos seus consumidores: reviver lembranças.
Responsável por esse ‘túnel do tempo’, Silvio Luiz Rombaldo, de 51 anos, tem apreço por peças antigas desde a infância. Tudo começou quando o homem comprou um item decorativo e, tempos depois, decidiu vender. A grande procura pelo objeto fez Silvio perceber o mercado aflorado para as peças antigas. Então, decidiu empreender no segmento.
No ramo há 19 anos, a casa de antiguidades de Silvio tem admiradores do Brasil e Paraguai. Com um acervo vasto em relíquias, a maioria é de peças originais.
“Sempre gostei de itens antigos, pois além de ser uma herança do passado, nos contam uma história. Possuir uma peça antiga não é apenas um hobby. Dependendo da raridade e conservação, você tem a peça como um investimento. Com o passar do tempo, ela certamente vai valorizando”, afirma o empreendedor.
O que começou de forma modesta, hoje já se expandiu. Isso porque a casa de antiguidades conta com aproximadamente 200 peças que pertenceram à história. Admirado por legião de fãs, um dos itens mais antigos é um carimbador de bilhetes Alesso do século XX, que ficava nas estações ferroviárias. Seu valor estimado é em R$ 4,3 mil.
Há também um painel de um Ford Custonline 1951 completo que pode valer em torno de R$ 6 mil. O produto com valor mais alto é uma bomba de gasolina Wayne dos anos 70/80 completa, que vale em torno de R$ 6,5 mil.
“Tenho algumas peças que são de minha coleção particular, que estão na loja e em minha casa, apenas para apreciação. Na família temos gostos muito diferentes, porém todos apreciam as peças”, contou Silvio Luiz.
O empreendedor explica que o público da casa de antiguidades é variável, mas os principais clientes são os colecionadores. Já as peças geralmente são para fins decorativos, enquanto algumas podem até fazer parte do dia a dia, como rádios, luminárias, bicicletas, entre outros.
Mas, para Silvio, a importância dos produtos antigos vai muito além do que os olhos podem enxergar.
“O item antigo não é apenas um objeto, mas sim um sobrevivente que conta uma história, e faz nós analisarmos as mudanças de fases que nosso mundo dá”, finaliza.