No início deste mês de março, dia quatro, o Governo de Mundo Novo recebeu o estudo técnico encomendado junto ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) que mostra o potencial do município para receber o Terminal de Cargas Intermodal da Nova Ferroeste.
A Nova Ferroeste planeja ter suas ações na Bolsa de Valores de São Paulo ainda neste semestre e investir cerca de R$ 30 bilhões no projeto, que inclui trilhos de Cascavel a Foz do Iguaçu (na verdade, Santa Terezinha de Itaipu), a Chapecó e a Maracaju.
Com Mundo Novo na rota dos trilhos da Ferroeste, a possibilidade de a construção do Terminal de Grãos existe. Pelo estudo, seria R$ 58 milhões o custo da obra: galpão, estrutura de embarque e desembarque, máquinas, equipamentos, móveis, demais obras e equipamentos ferroviários.
O encontro ocorreu no Paço Municipal, na Sala de Reuniões. A vice-prefeita Rosária – acompanhada de secretários municipais e do presidente do Legislativo, Paulo Lourenço – apontou que a cidade é a primeira a fazer o estudo e que “o estudo técnico-científico prova a possibilidade de Mundo Novo ter o Terminal de Cargas”.
“O município é uma planície. O investimento em Mundo Novo terá muito menor impacto em termos de valor do que outros concorrentes que se mostram aqui próximo a cidade”, esmiuçou o técnico.
A Ferroeste prevê definição para todos os projetos de investimento até 2025. Na sequencia o início das obras. Para o Mato Grosso do Sul as obras ocorreriam em 2030 e 2031, com a operação sendo iniciada neste último ano ou no ano seguinte.
Próximo passo é a entrega do documento
O estudo já foi entregue na Faems (Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul) e uma agenda no governo sul-mato-grossense e na Ferroeste está sendo viabilizada para a entrega do documento.
Mato Grosso do Sul é o quinto do país em produção de soja e milho e os portos de Paranaguá e São Francisco do Sul são os mais viáveis para a exportação – hoje, principalmente para a China e demais países da Ásia.
A capacidade do Terminal de Cargas em Mundo Novo seria de dois milhões de toneladas.
A partir do quinto ano de funcionamento, o ISSQN arrecadado para o município ficaria em torno de R$ 3,6 milhões/ano. “É uma pensar no futuro, com nossos filhos e netos usufruindo do desenvolvimento econômico na região, com mais oportunidades”, citou o presidente da Acemn, Ivan Klaus.
A Associação Comercial e Empresarial de Mundo Novo dividiu o custo do estudo com a prefeitura local. A UEMS (universidade), Codemn (Conselho de Desenvolvimento) e empresários também participaram do encontro.
Texto: Jandaia Caetano/Semcos
Edição: Carina Yano/Semcos