A família de Valter Eleutério, de 42 anos, que foi preso no último dia 20, sob alegação de ter participado de um roubo seguido por sequestro que aconteceu na cidade de Eldorado, luta na Justiça para provar que ele foi acusado injustamente dos crimes e que não teve participação nos mesmo.

O crime aconteceu em 23 de julho, onde uma família a casa invadida por bandidos sendo dois deles armados, um portando um revólver e o outro portando uma pistola.  A invasão aconteceu por volta das 20 horas, quando parte da família foi surpreendida na porta de casa por dois bandidos armados, e em seguida adentraram no local mais dois indivíduos. Todos da família foram colocados no sofá, enquanto um dos criminosos vasculhava a casa em busca de objetos de valores.

Os bandidos levaram da residência quatro celulares iPhone, além da camionete Hilux e um Corolla. Antes da fuga, os bandidos trancaram as vítimas no banheiro da residência. A polícia acabou encontrando horas depois, o Corolla com o pneu dianteiro estourado e com avarias na lataria.

Segundo a família de Valter Eleutério, que é morador no Assentamento Tamakavi , município de Itaquiraí, a mais de 23 anos, nos finais de semana ele sempre vai à cidade de Eldorado para visitar sua noiva.

No dia 23 de Julho, uma sexta-feira, Valter teria ido à cidade de Eldorado e enquanto aguardava seu carro passar por uma lavagem, sentou se em uma conveniência e por ali se manteve até que o veículo ficasse pronto. Terminando a lavagem do veículo, Valter teria ido buscas sua noiva no trabalho dela e em seguida seguiram para a residência da mesma.

Já no período da noite de sexta-feira (23), aconteceu o assalto na casa que fica ao lado da conveniência onde Valter teria ficado no período da tarde esperando seu carro, e como ele era a única pessoa "estranha" da região passou de cliente a suspeito, por não ser um morador da cidade.

Após ser apontado como suspeito, uma das vítimas, foi até o perfil de Valter no Facebook, e diz ter o reconhecido através de suas fotos. O delegado responsável pelo caso entrou com um mandado de prisão contra Valter que foi acatado pela Justiça.

A prisão é contestada pela família, que diz que a vítima reconheceu Valter por foto, porém em depoimento teria dito na polícia que “os ladrões estavam encapuzados durante a ação”. Outra contestação da família é que a noiva de Valter que estava com ele, não ter sido chamada para depor.

A família está tentando provar a inocência do Valter coletando assinaturas para comprovar a boa índole dele.

Por meio de nota, o advogado responsável pela defesa, Júlio Cesar Sanches, diz que a prisão preventiva se baseia em um procedimento ilegal. “Ele foi preso após um reconhecimento fotográfico, reconhecimento este que não seguiu o que determina o artigo 226 do Código de Processo Penal”, alega.

Ele reforça a versão apresentada pela família, de que ele foi considerado suspeito apenas por estar em um estabelecimento no período da tarde, no mesmo dia em que ocorreu o crime. “Valter jamais cometeu qualquer crime. Ressaltamos que ele jamais foi intimado para prestar qualquer esclarecimento”, afirma.

“Valter é conhecido no assentamento onde reside, todos ficaram perplexos com sua prisão, haja vista que conhecem seu caráter. Estamos diante de um grande erro. Confiamos na Justiça e após a realização das diligências defensivas, acreditamos que tanto a autoridade policial, Ministério Público e Poder Judiciário vão se convencer da inocência de Valter”.

Valter que é construtor civil, foi preso no último dia 20, no sítio onde mora no município de Itaquiraí. Ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Eldorado e nesta semana, na segunda-feira (13), foi transferido para o Presídio de Naviraí.