O gol levado na Vila Belmiro na partida de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana foi crucial para a eliminação do Santos do torneio continental. Na noite desta quinta-feira, em Assunção, o time brasileiro perdeu para o Libertad por 1 a 0 e foi eliminado pela regra do gol qualificado. Agora, o time se concentra na disputa da Copa do Brasil e do Brasileirão até o final da temporada. Já o Libertad avança para a semifinal, onde vai encarar outra equipe do Brasil, o Red Bull Bragantino.
O Santos também pagou o preço do desmanche de boa parte da equipe durante a temporada. Nesta quinta, entre os titulares, apenas Felipe Jonathan disputou a final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, no fim de janeiro.
Em processo de reformulação do time e cheio de jovens das categorias de base, Fernando Diniz optou por jogar com Pirani no meio-campo. A partida começou com muita marcação dos dois lados. O Libertad tentava chegar ao ataque com paciência, tudo para evitar os contra-ataques da equipe brasileira. Mas, aos 13 minutos do primeiro tempo, a história do jogo mudou.
Em uma sequência de dois escanteios, o time paraguaio abriu o placar. Melgarejo cruzou na primeira trave e o zagueiro Barboza, que fez um gol contra no jogo da Vila Belmiro, cabeceou no canto, obrigando o goleiro João Paulo a fazer mais uma grande defesa. Mas no rebote, Sebastián Ferreira apareceu sozinho, livre de marcação na pequena área para finalizar a marcar o primeiro gol do jogo.
Como havia marcado um gol na partida de ida, o resultado de 1 a 0 já servia para o Libertad passar para as semifinais. Com isso, o time do Paraguai recuou e se fechou na defesa.
O Santos, com Marcos Guilherme muito à frente, não conseguiu criar nenhuma boa chance para empatar a partida ainda no primeiro tempo. A equipe santista até manteve mais posse de bola nos primeiros 45 minutos, mas isso foi insuficiente para o time chegar ao ataque com força.
O time do técnico Fernando Diniz, sem conseguir entrar dentro da área do time paraguaio, também forçou alguns chuveirinhos para a área, mas que não deram nenhum resultado efetivo.
Do outro lado, o Libertad seguia à risca a sua proposta - defender e, se possível, contra-atacar. Aos 38, Melgarejo avançou bem pela direita e rolou para trás para Hugo Martínez, que dominou e bateu firme de direita, mas a bola passou rente à trave de João Paulo.
Diniz fez uma alteração importante no intervalo, sacando Gabriel Pirani, que estava formando o meio, e mandando a campo o atacante Marcos Leonardo. Com isso, o Santos começou o segundo tempo pressionando o Libertad.
A equipe brasileira quase empatou a partida logo aos dois minutos. Madson recebeu na direita e fez ótimo cruzamento para Marcos Leonardo no miolo da área. Ele cabeceou com precisão, tirando do alcance do goleiro Martín Silva, mas a bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo.
Aos poucos, o ímpeto do Santos foi diminuindo e o Libertad passou a levar perigo de novo. Aos 19, Villalba recebeu na direita, cortou a marcação e ajeitou para Melgarejo que bateu, mas foi travado. A bola sobrou para ele novamente e ele bateu de esquerda para grande defesa de João Paulo.
Depois, até o fim do jogo, o Libertad teve mais uma boa chance com Melgarejo. No fim, Fernando Diniz colocou o time todo no ataque, mas o Santos não conseguiu sequer assustar o goleiro paraguaio.
FICHA TÉCNICA:
LIBERTAD-PAR 1 x 0 SANTOS
LIBERTAD - Martín Silva; Mayada, Diego Viera, Barboza e Vangioni (Espinoza); Bocanegra, Ramón Martínez, Villalba (Franco), Hugo Martínez e Melgarejo; Sebastián Ferreira (Óscar Cardozo). Técnico: Daniel Garnero.
SANTOS - João Paulo; Madson, Luiz Felipe (Raniel), Vagner Leonardo e Felipe Jonatan (Moraes); Camacho, Jean Mota (Bruno Marques), Carlos Sánchez (Ângelo) e Gabriel Pirani (Marcos Leonardo); Lucas Braga e Marcos Guilherme. Técnico: Fernando Diniz.
GOL - Sebastián Ferreira, aos 13 do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS - Vangioni, Barboza, Marcos Leonardo, Luiz Felipe, Marcos Guilherme e Bocanegra.
ÁRBITRO - Alexis Herrera (VEN).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.