Nesta segunda-feira (16), grupo preso em flagrante no dia 14 de julho, com mais de 1 tonelada de maconha escondida em meio a lixo hospitalar em Campo Grande, se tornou réu. Os acusados são Caio César dos Santos Oliveira, 26 anos, Emerson Siqueira de Matos, 24 anos, Jhony Peterson Teles Gabilani, 25 anos, Matheus Araújo Benites, 24 anos, Rogério das Flores Fernandes, 36 anos e Sidney Correa Braga, 38 anos.
Conforme a denúncia, apresentada na última semana pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a investigação apontou que Sidney teria sido o ‘elo’ entre os traficantes paraguaios e o grupo em Campo Grande. Em depoimento, ele contou que trabalhava para a empresa de coleta de lixo hospitalar.
Assim, Sidney passava por várias cidades do interior, entre elas cidades da região de fronteira com o Paraguai. Em 2020, ele teria sido contatado por dois paraguaios, para traficas, mas alega que se negou. Neste ano, ele novamente teria sido abordado por dois paraguaios, em Coronel Sapucaia.
Os suspeitos teriam proposto o tráfico de drogas, que ocorreria quinzenalmente. Além disso, teriam feito ameaças, situação em que Sidney teria aceitado o ‘serviço’. No dia da prisão em flagrante, policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) tinham informações sobre o carregamento de droga que chegaria ao local, no Jardim Pênfigo.
Então, os policiais fizeram campana e aguardaram, até que viram Sidney chegar com o caminhão, com vários tambores. Ele começou a descarregar os tambores e colocava alguns em um caminhão menor, esse ocupado por Rogério. Emerson e Jhony também auxiliavam e ainda tentaram fugir da abordagem, mas foram detidos.
Momentos depois, Caio e Matheus chegaram em um Ecosport azul, e a princípio também receberiam drogas e uma arma de fogo que estava em um dos tambores, um revólver calibre 38. Alguns dos envolvidos tentaram negar que sabiam do tráfico, mas todos foram presos em flagrante e tiveram as prisões convertidas em preventiva.
Nesta segunda-feira, o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, recebeu a denúncia. Os seis integrantes da quadrilha se tornaram réus e ainda foi autorizada quebra de sigilo telefônico de alguns celulares apreendidos. Isso, para tentar identificar pessoas com quem os réus mantiveram contato.
Os crimes apurados são tráfico de drogas, associação criminosa para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo.