Empenhado na luta para combater e prevenir casos de violência doméstica em Japorã, o 3º Grupamento da Polícia Militar, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Creas e da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, está implantando o Projeto “Casa de Paz” ou “Pyaguapy Nde Roygape”, em Guarani.

A iniciativa é parte da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, organizada pela ONU em todos os seus países membros. No caso específico de Japorã, serão divulgadas nas redes sociais áudios e vídeos, em português e guarani, onde um policial militar explica, de maneira clara, o que é a violência doméstica e alerta os infratores das consequências da prática de certos delitos. Uma jovem indígena e uma mulher não indígena, irão apresentar um texto, que objetiva levantar a reflexão quanto à prática de atos violentos no lar. Um carro de som também levará a mesma mensagem à população nos dois idiomas.

Um panfleto bilíngue, com explicações sobre a Lei Maria da Penha, será distribuído por agentes comunitários de Saúde, em todas as residências de Japorã.

Em parceria com a Assistência Social do Município, o 3º Grupamento da Polícia Militar, tem feito constantes ações para prevenir e coibir a violência contra as mulheres e implantou também no início desse ano o “Programa Mulher Segura”, que fiscaliza o cumprimento de medidas protetivas de urgência e faz o monitoramento das questões sociais envolvendo as famílias com problemas dessa ordem.

Dados fornecidos pelo 3º Grupamento Policial Militar de Japorã apontam que os casos de violência doméstica lideram, com larga vantagem, as quase 600 (seiscentas) solicitações atendidas até agora, no ano de 2020, em especial na área indígena, cuja população é formada basicamente por Guaranis Nhandeva, mas também existem alguns indivíduos de origem Caiuá e não indígenas, sendo esses brasileiros ou paraguaios, já que a Aldeia fica muito próxima à fronteira com o País vizinho.