A mudança no comando do Botafogo não fez o time reagir no Campeonato Brasileiro. Ontem segunda-feira, perdeu de virada para o Bragantino por 2 a 1, no Engenhão, na conclusão da 21ª rodada, e se afundou na zona de rebaixamento, ao completar a quinta partida sem vitória no torneio. Já o time do interior paulista respirou na luta contra a degola.
A série é ainda maior, de sete jogos, levando e consideração a Copa do Brasil, torneio em que o Botafogo foi eliminado pelo Cuiabá. E não foi quebrada por Emiliano Díaz, o filho de Ramón Díaz, afastado antes de estrear por causa de uma cirurgia, sendo o quarto nome a dirigir o time no Brasileirão – os outros foram Paulo Autuori, Bruno Lazaroni e o interino Flávio Tenius.
Nesta segunda, o Botafogo até abriu vantagem, mas sofreu o gol de empate na sequência, pouco antes do intervalo. Acabou sendo dominado na etapa final e ainda foi vazado já nos últimos minutos, após marcação de pênalti duvidoso depois de uso do VAR.
O triunfo foi o primeiro do Bragantino como visitante no Brasileirão, após cinco derrotas e cinco empates. E o faz deixar a zona de rebaixamento, passando a ocupar a 15.ª colocação, com 23 pontos. Já o Botafogo é o 19.º, com 20.
O Bragantino voltará a jogar na sexta-feira, quando receberá o Bahia, no Nabi Abi Chedid. Dois dias depois, vai ser a vez de o Botafogo buscar a reabilitação, também em casa, contra o Fortaleza.
O JOGO – O jogo desta segunda foi o primeiro do Botafogo na “era” Ramón Díaz, embora o time tenha sido dirigido pelo seu filho Emiliano, pois o treinador, recém-contratado, está afastado, para a realização de uma cirurgia. E o argentino colocou em campo um time com os retornos de Diego Cavalieri e Honda, além da escalação de Eber Bessa como titular no setor ofensivo.
Sob novo comando, o Botafogo buscou ser intenso, chegou a atacar nos minutos iniciais com o avanço dos dois laterais, mas pouco criou, tanto que a sua primeira chance de gol veio em uma jogada de bola parada, aos 19 minutos, com a perigosa cobrança de falta sendo defendida por Cleiton.
O Bragantino até passou a trocar passes com tranquilidade, mas um vacilo de Weverson quase rendeu um gol para o Botafogo, com Honda colocando Eber Bessa em boa condição de finalizar. Mas o chute colocado foi para fora, aos 35. Aos 43 minutos, saiu o gol Victor Luis cruzou com perfeição e Matheus Babi testou para baixo, fazendo 1 a 0.
Só que a resposta do Bragantino foi imediata, aproveitando vacilo da defesa botafoguense. Aos 45, Marcelo Benevenuto não conseguiu cortar passe, Ytalo, na entrada da área, driblou Victor Luís e finalizou no canto esquerdo: 1 a 1. O gol pareceu desarticular o Botafogo, que quase levou a virada nos acréscimos, após bela jogada de Arthur e finalização de Ytalo, travada por Benevenuto.
O bom rendimento do Bragantino quando estava em desvantagem se repetiu no começo do segundo tempo. Em jogadas criadas por Claudinho, uma finalizada por ele e outra por Raul, quase marcou O Botafogo ainda respondeu em uma jogada de bola parada, com o cabeceio de Bruno Nazário, após cobrança de falta de Eber Bessa, acertando o travessão. Mas o time não jogava bem e era dominado pelo Bragantino.
Em dois lances seguidos com a bola tocando no braço de jogadores do Botafogo, o árbitro Rodolpho Toski Marques tomou decisões diferentes após consulta ao VAR. Primeiro, não marcou infração de Victor Luís. Depois, considerou que houve infração de Kanu. Aos 40 minutos, então, Claudinho cobrou no meio do gol e colocou o Bragantino em vantagem. Depois, mesmo com nove minutos de acréscimo, o Botafogo não conseguiu reagir.