Os dois funcionários, de 28 e 53 anos, presos após desviar R$ 4 milhões de uma empresa de engenharia, na Vila Nasser, em Campo Grande, foram liberados após pagarem fiança no valor de R$ 28 mil, no fim da manhã desta quinta-feira (7).
A dupla foi presa na última terça (5) por equipes da 2ª Delegacia de Polícia Civil e autuada em flagrante por furto qualificado pelo abuso de confiança.
Na manhã desta quinta (7), os funcionários passaram por audiência de custódia, onde o Juiz de Direito, Valter Tadeu Carvalho, considerou que o furto foi praticado sem violência ou grave ameaça. Ele considerou também que os dois são réus primários, possuem bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito.
“Não há indícios de que a colocação do custodiado em liberdade poderá prejudicar o andamento da instrução criminal ou a aplicação da lei penal futura”, determinou o juiz.
Com isso, foi arbitrada fiança de 10 salários mínimos, o que totaliza pouco mais de R$ 28 mil, sendo R$ 14 mil para cada um. Em seguida, a dupla pagou pela fiança e teve a liberdade concedida.
Apesar de liberados, os homens estão proibidos de se aproximar da construtora e de manter qualquer tipo de contato com os trabalhadores da empresa, seja por telefone, mensagem ou rede social.
Foram 2 anos desviando dinheiro de uma empresa de engenharia de Campo Grande, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 4 milhões.
Foi feito o pedido pela polícia do bloqueio de bens e contas bancárias para o ressarcimento de R$ 4 milhões e 257 mil aos sócios da empresa furtada. Os dois funcionários trabalhavam no setor de RH (Recursos Humanos) há pelo menos 15 anos, tendo como salários R$ 4.815 e R$ 3.136.
Foram dois anos de desvios e durante o depoimento, os dois afirmaram não lembrar como iniciaram os desvios, mas como na primeira vez deu certo, eles resolveram continuar desviando dinheiro da empresa. Sobre o dinheiro desviado, os dois afirmaram que pagaram dívidas e resolveram problemas pessoais.
A dupla foi presa por equipes da 2ª Delegacia de Polícia Civil, que apuraram que a empresa possui cerca de 200 funcionários, espalhados entre Campo Grande e o interior de Mato Grosso do Sul, e que os furtos estariam ocorrendo há pelo menos dois anos.
A investigação aponta que os suspeitos eram responsáveis pelo controle da folha de pagamento dos funcionários e falsificavam vários contracheques, criando colaboradores fantasmas para engrossar a folha. Com isso, eles desviavam o dinheiro para suas contas-salário.
Quando presos no dia 5 deste mês, foi descoberto pela polícia que os homens furtaram mais de R$ 35 mil da construtora somente naquele dia. Como os furtos estavam ocorrendo há bastante tempo, o prejuízo inicial da empresa é estimado em mais de R$ 4 milhões.