Uma doença crônica que, às vezes, tem um diagnóstico demorado. Estamos falando do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Disciplina é fundamental no tratamento, tanto na mudança de hábitos como com a medicação.
Lúpus é uma doença inflamatória crônica, de origem autoimune. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que, no Brasil, existem cerca de 100 mil pessoas com lúpus. Não existe uma causa estabelecida e não existem maneiras conhecidas de impedir o aparecimento da doença.
De acordo com o reumatologista da UERJ Evandro Mendes Klumb, o lúpus é uma doença do desequilíbrio. O conjunto das alterações ambientais, com fatores genéticos e hormonais, desequilibram o organismo, que passa a apresentar alterações imunológicas. A principal é a produção desregulada de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação nos órgãos.
O lúpus tem dois tipos: cutâneo (manchas na pele) e sistêmico (atinge um ou mais órgãos).
Sinais de alerta
dor articular
cansaço desproporcional e sem explicação
manchas na pele
queda de cabelo (porque o folículo fica inflamado)
dor para respirar, parece uma dor muscular, mas não vai embora
febre
Esses sintomas não precisam se manifestar ao mesmo tempo. Outros sintomas são: emagrecimento, anemia, perda de apetite, desânimo e fraqueza.
Também pode ocorrer mudanças no corpo:
Lesões na pele (80% dos casos): a mais característica é a ‘borboleta’
Dores com ou sem inchaço nas articulações das mãos, punhos, joelhos e pés
Inflamação das membranas que recobrem o pulmão e coração (pode não ter sintoma ou apresentar dor no peito, tosse seca e falta de ar)
Inflamação nos rins (nefrite)
Diagnóstico
Geralmente, são 18 meses entre o aparecimento do primeiro sintoma e diagnóstico de lúpus. Não existe um exame único que afirme a presença da doença. É uma junção de fatores. Exames e sintomas clínicos do paciente são analisados para fechar diagnóstico.
Tratamento
O tratamento depende do tipo de manifestação da doença. Ela não tem cura, mas pode ser controlada com remédios e alguns cuidados básicos, como:
protetor solar;
alimentação saudável e equilibrada;
evitar condições que provoquem estresse;
medidas de higiene;
suspensão do uso de anticoncepcional com estrogênio;
não fumar e não abusar do álcool;
praticar atividade física.