TER�A-FEIRA, 08 DE ABRIL DE 2025
DATA: 04/04/2025 | FONTE: Midiamax ‘Vale a pena ser ator em MS?’: Em dia borocoxô, artista que fez a novela Pantanal desabafa Ator de Campo Grande se questiona se valeu a pena deixar 16 anos de serviço público para viver da arte em MS
Espedito fez uma breve participação no remake de "Pantanal" - (Fotos: Arquivo Pessoal e TV Globo)

Graduado em artes cênicas, com pós-graduação em produção audiovisual, mais de 30 filmes e 30 espetáculos no currículo, o ator Espedito Di Montebranco tem enfrentado um sério dilema pessoal. Lembrado por sua recente participação no remake da novela “Pantanal” (2022), o artista, que mora em Campo Grande (MS), está sofrendo com a falta de oportunidades.

Nesta quinta-feira (3), ele publicou um duro desabafo nas redes sociais e expôs sua maior dúvida: “vale a pena ser ator em Mato Grosso do Sul?” Com o semblante abatido, o pernambucano radicado em Campo Grande questiona a si mesmo se fez certo em abandonar o serviço público para viver da arte no Estado, há 26 anos.

“Quero falar sobre minha profissão de ator, principalmente em Mato Grosso do Sul. Eu chamo de reflexão, mas tempos atrás eu chamava de ‘aquele dia que você está borocoxô’. Quando tive depressão forte eu ficava muito assim… pensando, pensando e sem respostas”, iniciou o intérprete de Jefferson, motorista que levou Guta (Julia Dalavia) até a fazenda de Tenório (Murilo Benício) no remake de “Pantanal”.

 

Na sequência, Espedito comentou sobre seu vasto currículo. “São 30 anos atuando em Mato Grosso do Sul, mais de 30 filmes, mais de 30 peças de teatro entre direção e atuação, sou iluminador, graças a Deus um dos mais conceituados do Estado, reconhecido em Mato Grosso do Sul, mas quando a gente atravessa a ponte do Rio Paraná, tudo bagunça“, pontuou.

“Eu venho lutando para ser reconhecido nacionalmente, e não é pra receber um troféu, mas para que meu trabalho seja contratado nacionalmente. Não é para que me deem 1 milhão de dólares, mas para que me deem trabalho, é tudo que eu quero“, disparou ele.

vale a pena ser ator em msEspedito em cena com Julia Dalavia na novela “Pantanal” – (Foto: TV Globo, Reprodução)

“Estou perdido”, confessa Espedito

Abalado, o ator relata que não para de se cadastrar nas plataformas de elenco e segue gravando e atuando, mesmo sem trabalhos. “Poque isso é minha vida desde que em 1998 eu deixei 16 anos de serviço público para viver da arte. Mas num dia feito hoje eu fico me perguntando: valeu a pena? Vale a pena morar em Mato Grosso do Sul? Ser artista, ser ator em Mato Grosso do Sul? [Vale a pena] defender quando alguém diz ‘ah você é do Mato Grosso’ e você grita ‘não, eu sou do Mato Grosso do Sul’?”, indagou.

Espedito ainda afirma que o Estado investe mais em música do que em qualquer outro setor da arte e lamenta por isso. “A música sempre foi mais privilegiada. O teatro e a dança ficaram em segundo plano. Tive a oportunidade de me mudar daqui e por que eu não fui? Porque eu tinha meus filhos pra criar, graças a Deus hoje são adultos, formados, no mercado de trabalho, e agora eu tenho a liberdade pra isso, mas as oportunidades é que não surgem“, continuou.

“Os cadastros estão aí, eu gravo todo santo dia tentando acertar. E a gente não tem essa união dos colegas pra falar ‘o caminho é por aqui, vamos tentar’. Não. É individual. A arte deveria ser coletiva e passa a ser individual. Então hoje estou nesse dia borocoxô e pensando: qual o caminho a tomar? O que a gente faz para poder trabalhar nacionalmente, para que a gente tenha participações nas novelas, nas grandes séries? Qual é o caminho, você sabe? Deixa essa dica aí pra gente porque eu estou perdido“, concluiu.

Ator desde 1995, Espedito fez sua primeira telenovela em 2022, quando atuou no remake de “Pantanal”, da TV Globo, gravado em Mato Grosso do Sul. Na época, ele comemorou a breve aparição e deu detalhes de como conseguiu uma ponta no projeto. Relembre clicando no link abaixo:

Ator de Campo Grande estreia na Globo e personagem em Pantanal finalmente é revelado: ‘Jefferson’

Espedito Di Montebranco

Espedito Di Montebranco é pernambucano, tem 56 anos, e é radicado em Campo Grande desde os dois anos de idade. Seu sobrenome “Di Montebranco” foi uma ideia da atriz Fernanda Montenegro. Durante uma oficina de dramaturgia, em 2002, a atriz sugeriu a ele o nome artístico “Montebranco”, que é o oposto de Montenegro. Desde então, a alcunha foi adotada pelo artista.

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