Alessandra da Silva Arruda, morta a facadas pelo ex-companheiro, de 30 anos, em Nioaque, cidade a 180 quilômetros de Campo Grande, estava grávida. A informação foi revelada por um familiar ao Jornal Midiamax nesta terça-feira (1º).
O crime aconteceu na manhã do último sábado (29) quando Alessandra foi atingida com golpes de faca após uma briga com o ex-companheiro. O homem se entregou à polícia horas depois e está preso preventivamente.
E na tarde desta terça-feira (1º), um familiar da vítima revelou à reportagem do Jornal Midiamax que descobriu que Alessandra estava grávida. Por isso, ele espera que a justiça seja feita pela vítima e o filho que estava em seu ventre.
“Acreditamos que ele será condenado e vai pagar pelo que fez, até porque descobrimos hoje que ela estava grávida também. Então não foi só uma vida, foram duas que ele matou”, contou.
Como a descoberta foi nesta terça (1º), o familiar disse que não sabe o tempo de gestação, mas afirmou que era uma gravidez recente. A reportagem do Jornal Midiamax tenta contato com o delegado Diego Sátira, que atendeu o caso, acerca da informação da gestação.
O suspeito do feminicídio prestou depoimento ainda na tarde de sábado (29) e disse que o casal estava junto há 20 dias. “Ele alugou uma residência recentemente, após ter se separado de sua ex-esposa, e então Alessandra foi residir com ele”, explicou o delegado Diego Sátira ao Jornal Midiamax.
Foi informado que Alessandra tinha três filhos menores de idade, de 1 ano, 4 anos e 14 anos, mas eles não estavam na cidade e provavelmente não moravam com ela.
Ainda no depoimento, o homem contou que Alessandra saiu de casa a noite enquanto ele permaneceu dormindo. Ele falou que a vítima chegou de madrugada transtornada e passou a lhe exigir dinheiro.
Porém, ele negou dar valores a ela e então passaram a discutir. Em certo momento, conforme o relato do suspeito, Alessandra teria pegado uma faca e foi para cima dele, quando começaram a se agredir e ele conseguiu pegar a faca dela, desferindo os golpes que a mataram.
Durante a manhã, o homem teria ligado para a PM (Polícia Militar) para informar que havia esfaqueado a vítima. No local, os policiais encontraram Alessandra já sem vida, com aproximadamente cinco perfurações de faca pelo corpo.
O suspeito se apresentou à polícia na presença de um advogado. “Ele decidiu se apresentar e, como estávamos em diligência na tentativa de localizá-lo, e o fato aconteceu recentemente, realizamos a prisão em flagrante, apesar de já ter sido representado pela sua prisão preventiva”, explicou o delegado de polícia, Diego Sátira.
Ao Jornal Midiamax, o irmão da vítima, Alexandre da Silva Arruda, de 28 anos, contou que a família, moradora de Campo Grande, tinha pouco contato com ela, mas que a tragédia pegou todos de surpresa.
“Pegou a gente de surpresa esse acontecimento, minha irmã foi para lá, mexer com todos os trâmites e vai fazer o translado para cá”, disse Alexandre.
A morte de Alessandra em Nioaque é o 7º feminicídio registrado no ano de 2025, em Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
?? Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
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?? Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.