SEXTA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2025
DATA: 28/12/2024 | FONTE: Midiamax Mulher que teve 65% do corpo queimado morre na Santa Casa e família pede Justiça Familiares suspeitam de assassinato e cobram justiça
Divulgação

Fabricia Souza Santos, de 29 anos, que teve 65% do corpo queimado em sua residência no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, morreu na Santa Casa na madrugada deste sábado (28). 

Ela estava internada desde o último dia 20 deste mês, quando foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Nesta madrugada, por volta de 1h30, houve uma queda na pressão e Fabricia não resistiu, indo a óbito no hospital.

Na ocasião, os familiares foram informados de que a mulher teria tentado um suicídio, em sua casa. Ela foi encontrada dentro do quarto, deitada ao chão e em cima da mesma um colchão de casal e uma televisão de tubo, queimados junto ao seu corpo. Ainda, apresentando um afundamento de crânio.

Contudo, a irmã de Fabricia, Letícia Souza Santos, acredita que o caso não se trata de suicídio. “Mataram a minha irmã. Inclusive no sábado quando a assistente social do hospital me ligou, a médica relatou que não foi tentativa de suicídio e, sim, um crime”, relatou ao Jornal Midiamax

Conforme a familiar, um casal que estava com a vítima no momento do ocorrido relata que eles estavam ingerindo bebida alcoólica, momento em que a mulher teria pedido um isqueiro, se trancado no quarto e ateado fogo. Questionados sobre o fato do homem não ter arrombado a porta, ele alegou que estava com as mãos machucadas, sendo impossibilitado de tentar salvar a vítima.

Leticia ainda comentou que o casal deu respostas contraditórias para a mãe dela, que foi até o imóvel naquela noite de 20 de dezembro. Disse também que o proprietário da vila de casas onde Fabricia morava teria sido levado para a delegacia para prestar esclarecimentos. 

Segundo ela, a suspeita é de que o casal tenha fugido para a casa da mãe com auxílio de outras pessoas. Contudo, não há informações se os envolvidos foram detidos pela polícia até o momento.

Agora, Leticia busca por justiça. “Queremos que os responsáveis paguem e que a justiça seja feita. Hoje vou enterrar minha irmã, e agora ela será mais uma mulher morta que os acusados ficarão impunes? Quero justiça!”, pede a irmã de Fabricia.

‘Tia, liga para a mamãe’: Fabricia deixa três filhos 

Ao Jornal Midiamax, a familiar contou que sua irmã tinha três filhos, sendo uma menina de 13 anos, um menino de 6 e uma pequena de apenas 2 anos de idade. Inclusive, quando se encontrou com os sobrinhos na manhã deste sábado (28), a menor teria feito um pedido. 

“Ela disse ‘tia, liga para a mamãe’ e isso partiu meu coração”, contou Leticia, emocionada.

A familiar revelou que Fabricia não morava com os filhos, pois as crianças ficavam aos cuidados de sua mãe. Porém, ela sempre foi presente na vida dos três. “Ela era muito presente na vida dos filhos, direto ligava para minha mãe para saber com as crianças estavam”, relatou. 

Leticia também disse ao Jornal Midiamax que recentemente seu esposo conseguiu uma vaga de emprego para ela em um comércio de açaí. “Mas ela sempre fazia alguns ‘bicos’, trabalhava bastante”, falou. 

Agora, além de inconsolável pela partida precoce de Fabricia, os familiares estão na espera da liberação do corpo para o sepultamento. “Minha família está inconsolável, não há palavras que mensurem a dor que estamos sentindo. Minha irmã está irreconhecível, então não terá velório, somente o sepultamento com o caixão lacrado”, explicou.

Fabricia ficou internada em estado gravíssimo na Santa Casa

Conforme o registro policial, o caso ocorreu na noite da última sexta-feira (20), quando os familiares foram informados de que a mulher teria tentado um suicídio, em sua residência, no bairro Aero Rancho. Ela foi encontrada dentro do quarto, deitada ao chão e em cima da mesma um colchão de casal e uma televisão de tubo, queimados junto ao seu corpo. Ainda, apresentando um afundamento de crânio.

Na visão da irmã, Letícia Souza Santos, o caso não se trata de uma tentativa de suicídio. “Essa história não tem lógica, a cena não era de suicídio e sim de homicídio”, disse.

Conforme a familiar, um casal que estava com a vítima no momento do ocorrido relata que eles estavam ingerindo bebida alcoólica, momento em que a mulher teria pedido um isqueiro, se trancado no quarto e ateado fogo. Questionados sobre o fato do homem não ter arrombado a porta, ele alegou que estava com as mãos machucadas, sendo impossibilitado de tentar salvar a vítima.

“Como assim? Era vizinho do lado e ele já veio dando explicações para minha mãe, é a versão dele. Como você vê uma pessoa pegando fogo e não faz nada? Eu quero justiça pela minha irmã, quero que a justiça seja feita”, disse Letícia.

O caso foi registrado como incêndio no último domingo (22) na Depac Cepol e deve ser investigado.

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