Quatro policiais militares, que foram alvo da Operação Paraíso Marcado 2, em setembro de 2023, acabaram condenados por integrar associação criminosa especializada em tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro.
O total de pena para os quatro policiais chegou a 35 anos. A decisão foi unânime em rejeitar os argumentos das defesas. Um dos militares foi condenado a 10 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão. Já outro policial teve a pena de 15 anos e 11 meses de reclusão.
Outros dois policiais foram condenados, cada um a 5 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão.
Durante a investigação, foi pedido ao Ministério Público o afastamento do sigilo telefônico dos envolvidos, permitindo acesso ao histórico de mensagens, trocas de mensagens e eventos do WhatsApp em alguns períodos, além da bilhetagem das chamadas telefônicas.
Foi identificada a participação em grupo de mensagem instantânea com os líderes do grupo criminoso, sediado na cidade de Bonito. As penas foram determinadas com base na gravidade dos crimes, que incluíram tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo, além do impacto negativo na imagem da Corporação Militar e na sociedade.
Todos os condenados deverão iniciar o cumprimento das penas em regime fechado, podendo apelar em liberdade se não estiverem presos por outros motivos. Além disso, foi aplicada a pena acessória de exclusão dos quadros da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul.
A organização agia no tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro, dentre outras atividades ilícitas. Segundo informações do Gaeco, o marido da servidora, que era um dos integrantes do grupo criminoso, também foi preso.
Também já haviam sido expedidos, pela Auditoria Militar, mandados para a imposição de medidas cautelares a quatro policiais militares envolvidos com a organização.
Na organização havia envolvimento de agentes públicos. A operação contou com o apoio de equipes ostensivas do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), em Dourados, Bonito e Guia Lopes da Laguna.