O novo Boletim InfoGripe, a Fiocruz alerta para um aumento significativo de casos de Covid-19 no país, associado ao crescimento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) provocada por Covid-19. Apesar desse aumento nacional, Mato Grosso do Sul apresenta uma tendência de estabilidade.
Embora haja uma previsão de estabilidade, Campo Grande vive surto de síndrome respiratorias e doenças gastrointestinais, com sintomas como vômito, diarreia e dor abdominal. Com isso, as unidades de saúde estão lotadas, de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), os atendimentos nas unidades de urgência e emergência dobraram nas últimas duas semanas, saindo da casa dos 2 mil atendimentos por dia para cerca de 4 mil/dia.
Conforme os dados InfoGripe, devido à grande movimentação de pessoas entre São Paulo e outras regiões, houve um aumento de SRAG por Covid-19. Esse aumento pode potencialmente impulsionar a disseminação e o crescimento da doença em outros estados nas próximas semanas, o que inclui Mato Grosso do Sul.
Média de casos em MS (Divulgação, Fiocruz)
O gráfico do boletim InfoGripe mostra uma leve alta em comparação as semanas anteriores, contudo, Mato Grosso do Sul não está entre as 11 capitais com crescimento considerável de casos. Entre a faixa etária mais afetada os dados mostram que os mais afetados são pessoas entre 5 a 14 anos.
Boletim Fiocruz (Divulgação)Boletim Fiocruz (Divulgação)
Em contrapartida, os casos de SRAG causados por VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e influenza A mostram uma tendência de queda na maior parte do território nacional. No país, o número de casos de SRAG aumentou em todas as faixas etárias analisadas. Dados laboratoriais indicam que, entre crianças e adolescentes de até 14 anos, esse crescimento está associado ao rinovírus.
De janeiro a agosto de 2024, o país registrou 123.082 casos de SRAG, sendo 59.410 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 49.377 (40,1%) negativos, e ao menos 7.692 (6.2%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 18,7% são influenza A; 0,6%, influenza B; 41,6%, VSR; e 18%, Sars-CoV-2 (Covid-19).
Divulgação (SES)
Já em Mato Grosso do Sul de 5.852 casos, 3.292 estão classificados como agente etiológico identificado, 2.404 como SRAG não especificada. Sendo que 495 casos evoluíram para óbitos.
Entre os casos classificados como Covi-19 houve 10.210 confirmações e 83 óbitos neste ano. A nível nacional, o Brasil registrou 7.370 óbitos, sendo 3.844 (52.2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.909 (39,5%) negativos, e ao menos 152 (2,1%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os positivos, 30,2% estão classificados como influenza A; 0,8%, influenza B; 10,3%, VSR; e 50,8%, Sars-CoV-2 (Covid-19). Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 27,2% para influenza A; 2,8% para influenza B; 4,1% para VSR; e 48% para Sars-CoV-2 (Covid-19).