Três quartos aos fundos de uma casa desmoronaram ao lado da construção de um edifício no cruzamento da Rua Dr. Arthur Jorge com a Rua Dr. Dolor Ferreira de Andrade, Centro de Campo Grande, na noite desta sexta-feira (30). Um rapaz de 23 anos saiu ileso de um dos quartos que ruiu. “Eu vi o teto caindo, a parede vindo para cima de mim. Abriu um buraco onde fica a janela, foi por onde eu consegui sair”, disse o jovem que saiu sem nenhum arranhão, mas que perdeu todos os seus pertences.
A residência fica localizada na Rua R. Dr. Arthur Jorge e a construção do prédio ao lado, ocupa a esquina da Arthur Jorge com a Dolor Ferreira de Andrade. A parte da frente da casa, onde estava a proprietária, não cedeu.
No local da construção do prédio há uma placa da LG2 Incorporadora e Noah como responsáveis pela obra. Assessoria de imprensa da empresa informou que emitirá uma nota sobre o caso. Ao lado da residência que desmoronou parcialmente, está sendo feito a fundação do prédio, local onde os três quartos ficaram destruídos com o desmoronamento.
O jovem de 23 anos conseguiu sair pelo buraco de formou de forma muito rápida pela janela, do lado oposto ao buraco que se formou junto à fundação do edifício, onde houve desmoronamento.
A dona da residência, Ione Medeiros, está muito abalada com a situação. “Ouvi um barulho muito alto”, disse. Ione alugava os três quartos aos fundos, onde estava o inquilino de 23 anos. No momento, dos três quartos, só havia ele de morador. Ele também está muito assustado com o ocorrido.
Ione que mora no local há 20 anos, conta que já fez denúncias no CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul) e Defesa Civil, por causa de rachaduras e rompimento de um cano de água que causou vazamentos. “Nunca fizeram nada, a Defesa Civil nem chegou a vir”, disse.
“Estou preocupada”, disse Rosenir Faria, moradora da Dolor Ferreira de Andrade, vizinha ao lado da construção. Ela diz que a construtora chegou a fazer um seguro com ela, devido aos riscos, porém, o mesmo seguro não foi feito com Ione, relata.
“Eu senti tudo tremendo, quando saí, eu vi muita poeira”, diz Gabriel Pires, que mora em frente à casa de Ione. “Aqui também tem a questão da falta de acessibilidade na calçada”, conta Robson Pereira Rodrigues, morador da região, falando sobre dois troncos de árvores na Arthur Jorge, ao lado que tomam toda a calçada, ao lado do empreendimento. A casa foi interditada pelo Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foi acionada.