Com a desistência do atual presidente dos Estados Unidos à tentativa de reeleição, Joe Biden anunciou apoio à possível candidatura de Kamala Harris, atual vice-presidente do país norte-americano.
Filha de imigrantes de origem indiana e jamaicana, Kamala despontou na carreira política em 2017, e foi considerada uma estrela em ascensão do Partido Democrata após ser eleita senadora na Califórnia.
Seu estilo incisivo em audiências no Senado fez com que logo ela ganhasse ênfase, construindo um nome bem posicionado em Washington.
Como promotora, durante sua carreira tinha a fama de ser dura, o que inclusive levou alguns democratas progressistas a criticar sua postura de punição estrita contra autores de crimes menores, afirmando que afeta de forma desproporcional as minorias.
Ao lado de Biden desde janeiro de 2021, ela tem 59 anos e foi a primeira pessoa negra e a primeira mulher a ocupar o cargo de procuradora-geral da Califórnia, e em seguida se tornou a primeira senadora dos Estados Unidos com ascendência sul-asiática.
Além disso, se tornou a primeira mulher e primeira pessoa negra vice-presidente dos EUA.
Em pesquisa realizada pela Reuters/Ipso no início deste mês de julho, a vice-presidente teria desempenho estatisticamente tão forte quanto o de Biden, ficando um ponto percentual atrás de Trump (42% a 43%), diferença essa que fica dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
Essa mesma pesquisa apontou que apenas a esposa do ex-presidente democrata Barack Obama, Michelle Obama, teria desempenho melhor que Biden e lideraria contra Trump em uma possível disputa.
No levantamento, Michelle Obama teve vantagem de 11 pontos sobre Trump, fazendo com a porcentagem ficasse 50% para ela, contra 39% para Trump.
Mesmo assim, Michelle já disse várias vezes que não tem a intenção de concorrer à presidência.
O levantamento ainda apontou que o governador da Califórnia, Gavin Newsom, também teria chances de subir à presidência dos EUA. Ele ficou com 39% das intenções de voto e Trump, com 3 pontos a mais, 42%.
Com 56 anos, o democrata é ex-prefeito de San Francisco e tem apoiado firmemente Biden.
Recentemente ele intensificou suas viagens internacionais e “engrossou” sua publicidade, divulgando diversos anúncios promovendo suas ações.
Além disso, investiu milhões de dólares em um comitê de ação política, alimentando a especulação de que vai se lançar candidato em 2028. No entanto, aparentemente nada impede de que o faça em 2024.