O governo federal já enviou ao Rio Grande do Sul R$ 62,5 bilhões, após um mês do início dos recursos destinados ao estado gaúcho por conta das enchentes. Pelo menos menos 471 cidades foram afetadas pelas fortes chuvas e foram registradas 169 mortes. Os recursos são investidos como resposta emergencial ao desastre, cuidado com as pessoas, apoio às empresas.
Dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República contabilizaram que cerca de 626 mil pessoas ainda estão fora de suas casas. Novas medidas foram anunciadas nessa quarta-feira (29) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que as respostas devem ser imediatas e sem burocracias. “Quem tem fome tem pressa, mas quem perdeu sua casa, sua sua roupa, seus animais, seus familiares, tem muito mais pressa”, disse o presidente.
A Secretária Extraordinária da Presidência da República foi criada para dar dar apoio às ações no estado. O ministro Paulo Pimenta, que recebe demandas de autoridades de várias regiões do Rio Grande do Sul, orientou os prefeitos sobre os planos de reconstrução dos municípios, que devem ser enviados ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
De acordo com as informações da Agência Brasil, entre os R$ 62,5 bilhões, parte dos recursos foi destinada ao Auxilio Reconstrução (R$ 174 milhões), ou seja pagamento de cerca de R$ 5 mil a cada família para aquisição de itens perdidos nas enchentes. A primeira parte para 34 mil famílias começou a ser pago nesta quinta-feira (30). Outro recurso da União é o Adiantamento do Bolsa Família para quase 620 mil famílias beneficiadas com investimentos de R$ 793 milhões.
O Governo Federal anunciou também abatimento da suspensão de juros por três anos, algo em torno de R$ 12 bilhões e a restituição antecipada do Imposto de Renda para 900 mil pessoas (R$ 1,1 bilhão). E ainda, benefícios para previdenciários a 2 milhões de pessoas, no valor de R$ 4,5 bilhões e abono salarial para 756 mil trabalhadores, na ordem de R$ 793 milhões.