O menino, de dois anos – em coma desde o último dia 23, quando foi internado na Santa Casa de Campo Grande com suspeitas de agressão- apresentou piora no quadro de saúde. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (5), pelo hospital.
A mãe e o padrasto da criança estão presos suspeitos de cometerem o crime. A polícia ainda não concluiu as investigações, mas trata o caso como tentativa de homicídio.
O Hospital realizou protocolo de morte encefálica, mas o resultado deu inconclusivo. Segundo as informações, o menino apresentou atividade elétrica durante o eletroencefalograma. Por outro lado, a família afirma que o estado de saúde é irreversível.
O bebê apresenta lesões no crânio, pulmão, fígado e líquido no abdômen. A Polícia concluiu que ele foi espancado. A mãe, de 19 anos e o padrasto, de 24 são apontados como responsáveis pelas agressões. O casal foi preso na última quinta-feira (1º).
O caso ganhou repercussão depois que o menino, de apenas dois anos, foi internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele foi levado para o hospital por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pública.
Segundo a Polícia Civil, no hospital, a mãe, uma jovem, de 19 anos, apresentou outra versão. Aos médicos ela disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos. O relato chamou a atenção dos médicos, que acionaram a polícia após constarem que as lesões eram incompatíveis com a explicação apresentada por ela.
A delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), afirma que, em todas as versões apresentada à Polícia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. “Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas”, relata.
Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.
O casal – que tentou despistar a polícia apresentando versões diferentes sobre o caso – foi preso na manhã dessa quinta-feira (1º), em cumprimento de mandados de prisão temporária realizado por policiais da DEPCA. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.