Nesta semana, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) firmou contrato de R$ 5,4 milhões com a Fiotec (Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde) para ajudar na ampliação da telemedicina no SUS de Mato Grosso do Sul. Essa é uma opção que permite consultas médicas, monitoramento de pacientes e análise de resultados de exames serem feitos por meio de telas de computadores, televisão, tablets e celulares.
A contratação valerá até janeiro de 2026 e foi oficializada com publicação no Diário Oficial da União. A Fiocruz em Mato Grosso do Sul explicou, em nota, que o projeto tem o objetivo de "utilizar ferramentas tecnológicas para melhorar o acesso e efetividade do atendimento ambulatorial" nas unidades que são porta de entrada para a população, como as USFs (Unidades de Saúde da Família), e estão localizadas em áreas de difícil acesso.
Ele prevê a implantação da teleconsulta entre médico e paciente; a teleinterconsulta para discussão e troca de informações por mais de um médico; a teleconsultoria entre profissionais da saúde e gestores; a teleducação para a aprendizagem na área da saúde; e o telediagnóstico para permitir a análise de exames a distância.
Caberá à Fiocruz e à Fiotec, ainda conforme a nota, oferecer suporte técnico e educacional aos profissionais de saúde que atuam em regiões remotas e têm o desafio de reduzir desigualdades no acesso à saúde em Mato Grosso do Sul.
"A Fiocruz Mato Grosso do Sul destaca sua atuação em diversos campos, como meio ambiente e saúde, saúde das populações indígenas, saúde das populações em situação de vulnerabilidade, e no enfrentamento de agravos transmissíveis e não-transmissíveis", acrescentou a entidade.
Estado já tem - Secretaria estadual adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone explica que Mato Grosso do Sul já tem vários serviços de telemedicina disponíveis no SUS. Exemplos são os que contam com parceria com o Hospital Albert Einstein, com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
A parceria com o hospital, por exemplo, começou a funcionar em março do ano passado, com atendimento em sete especialidades: endocrinologia, neurologia, neurologia pediátrica, pneumologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia – em 20 municípios. Foram realizados quase 2 mil atendimentos até o fim de setembro. O Campo Grande News mostrou como funciona nesta reportagem.
Segundo a adjunta, o projeto da Fiocruz será "mais uma possibilidade de aumento de ofertas em telemedicina". Ela informou, no entanto, que o convênio com o Estado ainda está em fase administrativa e que não há previsão da liberação de recursos do Ministério da Saúde para a Fiocruz executar. "Ainda não tem data de início", pontuou.