A mãe da bebê de dois meses que morreu por desnutrição em Ribas do Rio Pardo, a 97 quilômetros de Campo Grande, foi solta e passará a ser monitorada por tornozeleira eletrônica. A mulher havia sido presa em flagrante na segunda-feira (8) após a filha morrer no Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues.
A mãe da criança passou por audiência de custódia na tarde de terça-feira (9) e a Justiça decidiu soltá-la, com o monitoramento eletrônico. A decisão ocorreu nessa quarta-feira (10) em Ribas do Rio Pardo, conforme afirmou a delegada Paula Barreto, responsável pelo caso.
Em depoimento na delegacia de Polícia Civil, a mulher disse que não faz ideia do que motivou a morte da criança, e que era a sua mãe – avó da bebê – quem cuidava da menina. Além disso, ela alegou que não sabia do estado de desnutrição ou desidratação da filha.
No entanto, a avó da criança contradiz a versão contada pela mãe. “Alegou que de fato ajudava na criação, mas não impedia a mãe de cuidar da filha. Disse que estavam alimentando a criança com mingau de maisena e água”, explicou a delegada.
A bebê, de apenas dois meses, morreu no Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues, em Ribas do Rio Pardo, nessa segunda-feira (8). Diante disso, a mãe foi presa por não alimentar corretamente a filha.
No hospital, a mulher foi questionada pelo médico sobre a alimentação da filha e admitiu que nunca amamentou a menina. Ela ainda afirmou que, desde que recebeu alta do parto, a mãe dela era quem alimentava a criança.
Não há registro do pai na certidão de nascimento da criança, no entanto, à polícia, a mulher disse que o suposto pai pediu a ela o teste de DNA para que pudesse se certificar da paternidade e registrar o bebê.
A morte é investigada pela Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.