A criança de 7 anos que estava cuidando da irmã de 4 meses, que caiu da janela de um apartamento, no condomínio CH8 no Aero Rancho, em Campo Grande, tentava acalmá-la quando aconteceu a queda. A mãe das crianças continua presa, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Cepol, desde a noite desta terça-feira (12).
Além da menina e da bebê de 4 meses, uma terceira criança de 3 anos também estava na casa. Nenhum adulto estava na residência. Não se sabe se o pai morava com a mãe. A mulher está presa por abandono de incapaz.
Segundo disse ao Jornal Midiamax o delegado Gabriel Desterro, que atendeu o caso, a menina contou que a bebê estava agitada e ela teria ido até a janela para mostrar o movimento da rua para a irmã. O apartamento fica no 3º andar, a cerca de 15 metros de alturas. A menina teve de subir na cama e, nesse momento, a bebê empurrou com os pés a irmã de forma brusca.
Com isso, a menina de 7 anos acabou se desequilibrando e a bebê caindo da janela do apartamento. A mãe das crianças continua presa e na delegacia negou que deixasse os filhos com frequência sozinhos. Segundo o delegado, o apartamento estava insalubre, muito sujo, com fezes no ambiente e louças para lavar.
Não havia proteção na janela de onde a bebê caiu. A criança foi socorrida e levada para a Santa Casa e o estado de saúde é grave. As crianças foram entregues para o Conselho Tutelar. Inicialmente o caso será registrado como abandono de incapaz.
Após a queda, a mãe apareceu no local. Ela pediu que ninguém mexesse na bebê até a chegada do Corpo de Bombeiros. Porém, uma vizinha, que tem curso de primeiros socorros, se apresentou e fez o primeiro atendimento. Ainda de acordo com os vizinhos, a criança já estava quase sem sinais vitais. A vizinha então fez massagem cardiorrespiratória na recém-nascida.
Com os sinais mais estáveis, a mãe, a vizinha e um outro morador levaram ela para atendimento no Hospital Regional. Durante o trajeto, a moradora continuou com o procedimento de reanimação na criança e foi ela que deixou a bebê na emergência do hospital.
Além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e Civil foram acionadas. Conforme apurado, a mãe possui emprego fixo, porém, nos últimos dias, procurava por uma babá no grupo de WhatsApp do condomínio, para retornar ao trabalho em razão do fim da licença maternidade.