A apresentadora Angélica, que está prestes a completar 50 anos, estreia neste domingo (26) o especial 'Angélica: 50 e Tanto', com cinco episódios já disponíveis no streaming Globoplay. O primeiro conta com a participação de Maísa, Fernanda Souza e da cantora Sandy.
Em um dos momentos do episódio de estreia, Angélica revela um episódio de assédio sexual que sofreu quando ainda era criança.
A apresentadora explicou que por muito pouco não precisou adotar outra identidade quando estreou como artista. "Sou Angélica por um triz. Quando eu ia estrear na TV, um homem muito poderoso achava que meu nome artístico tinha que ser Lolita, que nem a menina do livro". O nome faz referência a um romance de Vladimir Nabokov, que conta a história de uma garota de 12 anos, abusada pelo padrasto.
"Foi bem nessa época que o homem pedia para eu sentar no colo dele nos bastidores da TV. Ele era um adulto e, eu, uma criança. E eu fazia tudo sem entender. Hoje eu entendo", revelou ela, que começou sua carreira ainda na infância, em concursos de beleza.
Angélica ainda aproveitou para falar como sua carreira começou, o que incluiu invasão de intimidade, exposição excessiva e sexualização. "Lembro de chegar em lugares e me perguntarem se eu era virgem. Era criança e ficava me perguntando que pauta era aquela. Sexualizavam nossa vida de uma forma que a gente nem estava entendendo o que estava acontecendo", contou a loira.
"Fiquei um tempão respondendo se era virgem. E em algum momento eu deixei de ser, né? Mas as pessoas continuaram perguntando e eu pensava: ‘E agora?’. Eu continuava respondendo que era, ia falar o quê?", desabafou ela.