Os casos de Zika Vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegipty, voltaram a crescer em Mato Grosso do Sul segundo novo apontamento feito pela SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul). Em novo boletim, 138 casos prováveis da doença foram registrados. Desse total, 43 foram confirmados. Aumento ocorre sete anos depois que Estado viveu pico da epidemia.
Numa série histórica de casos prováveis, foram 121 casos de Zika em 2015. O pico ocorreu em 2016, com 1.825. Ao longo dos anos a quantidade de registros se manteve entre 32 e 130, em 2022 e 2018, respectivamente. No entanto, o ano de 2023 teve 138 casos prováveis até agora, considerado o segundo maior número num comparativo dos últimos oito anos, com uma incidência de 4,9.
As cidades que mais registraram casos prováveis foi Naviraí, com 24, e Cassilândia, com 21. Anastácio ocupa o 3º lugar das cidades com maiores ocorrências (13), seguida de Caarapó (10), Brasilândia (9) e Campo Grande (9).
Assim, 21,05% das pessoas com casos prováveis do vírus tem entre 20 e 29 anos, 13,04% entre 10 e 19 e 11,59% entre 30 e 39 anos. A maioria (65,9%) é do sexo feminino. Desse total, 44% está no 3º trimestre da gestação, 28% no 1º trimestre e 20% no 2º trimestre.
Casos confirmados
Enquanto isso, MS tem 43 casos confirmados de Zika Vírus do início do ano 1º de julho. Nove são em Brasilândia, 9 em Campo Grande e 4 em Cassilândia e 4 em Eldorado. Coxim, Sonora, Jaraguari, Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Santa Rita do Pardo, Batayporã, Naviraí, Itaquiraí, Eldorado, Caarapó, Bela Vista, Nioaque, Anastácio, Bonito e Porto Murtinho também registraram casos de Zika, mas em quantidades menores.
Além disso, boletim aponta que 700 casos (82,5%) foram descartados para a doença.
Zika Vírus é uma arbovirose transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegipty, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. A maioria das infecções são assintomáticas ou representam uma doença febril autolimitada semelhante às infecções por chikungunya e dengue.
Segundo o Ministério da Saúde, todos os sexos e faixas etárias são igualmente suscetíveis ao vírus Zika, porém mulheres grávidas e pessoas acima de 60 anos têm maiores riscos de desenvolver complicações da doença. Esses riscos podem aumentar quando a pessoa tem alguma comorbidade.