Os três homens e também uma mulher, apontados como responsáveis pelo assassinato do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos já estão na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados. Os criminosos foram detidos em Minas Gerais por uma força tarefa e chegaram e chegaram em Dourados na madrugada desta terça-feira (8).
Desde a descoberta do corpo do médico, que morreu por estrangulamento, agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais) e também SRI (Setor Regional de Inteligência) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul investigava pistas da quadrilha, que foi localizada na cidade de Pará de Minas, em Minas Gerais.
Para conseguir prender os envolvidos no crime, que são de Belo Horizonte, foi montada uma força tarefa de 16 policiais de MS, incluindo agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) – Delegacia de Dourados. A operação também contou também com o apoio de 12 homens da Polícia Civil de Minas Gerais.
“O que podemos adiantar aqui neste momento é que conseguimos pegar todos os envolvidos no homicídio do Gabriel por meio de uma ação integrada junto com a PRF desde o início e também com o apoio da polícia mineira logo que a gente descobriu quem eram os suspeitos desse homicídio.”, explicou o delegado Erasmo Cubas, do SIG do 1º DP.
Cubas ressaltou que as investigações revelaram que as quatro pessoas estavam aqui no dia da morte do médico. Ainda segundo o delegado, as circunstâncias do crime serão esclarecidas durante a coletiva que está marcada para as 10h30 da manhã desta terça-feira (8).” Vamos fazer um contato melhor com os presos e explicar de que forma que ele foi morto no dia 27 de julho”, afirmou Cubas.
Segundo o delegado do SIG, durante as buscas do envolvidos houve resistência de fuga de um deles, que tentou fugir, mas acabou capturado pelos agentes da PRF. “Outros tentaram quebrar celulares, mas a gente conseguiu executar a missão com êxito e recuperar os celulares”, disse Cubas à reportagem do Midiamax, ressaltando que um deles têm passagem pela polícia.
Ligação misteriosa: Informações apuradas pelo Jornal Midiamax indicam que no dia 27 de julho o médico teria recebido uma ligação misteriosa que seria de uma mulher com quem ele estava se relacionando. A mulher seria comprometida e moraria em Ponta Porã.
Visita a Ponta Porã: Gabriel teria saído do plantão, assim que recebeu a ligação para se encontrar com a mulher. A polícia rastreou a viagem feita pelo médico entre as cidades, já que não se sabia se o veículo HB20 havia saído do Estado levado para a fronteira. Informações são de que a mulher seria ligada a um criminoso.
Emboscada: Uma ‘casinha’ - gíria policial para emboscada - teria sido armada para o médico que após voltar para Dourados foi até a casa, próximo à Praça Paraguaia e lá foi assassinado estrangulado e espancado. Havia nas paredes do quarto onde estava o corpo respingos de sangue. Gabriel teve as mãos e pés amarrados por fios de televisão e carregadores de celulares.
Morto há pelo menos 4 dias: Segundo o delegado Eramos Cubas, o médico estaria morto há pelo menos quatro dias. O corpo foi descoberto depois que vizinhos sentiram um mau cheiro e moscas pelo local.
Casa alugada por 2 pessoas: A casa onde o corpo foi encontrado havia sido alugada há 15 dias por duas pessoas, ainda não identificadas. Elas pagaram adiantado pelo aluguel que foi feito por um aplicativo. Os vizinhos não desconfiaram, já que o local era alugado por diária.
O desaparecimento
No dia 29 de julho era para o médico ter cumprido plantão na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não apareceu, bem como no sábado (30), no Hospital da Vida. Amigos e familiares mantêm contato pelo WhatsApp dele, mas desconfiam que outra pessoa possa estar respondendo.
Os policiais foram até o apartamento dele, mas encontraram o local intacto. O carro dele foi rastreado em Guarulhos, São Paulo, e as redes sociais foram deletadas.
Natural do Rio Grande do Sul, Gabriel se formou em março deste ano pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e também trabalha na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e no Hospital da Vida.