A Polícia Civil, por meio da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), concluiu as investigações do desaparecimento do garagista Carlos Reis Medeiros de Jesus, o ‘Alma’, em Campo Grande. Ele teria sido assassinado por vingança e três pessoas foram indiciadas.
Os três homens, de 23, 33 e 34 anos, foram indiciados por homicídio doloso triplamente qualificado. Dois dos acusados estão presos preventivamente e um é considerado foragido. Conforme a polícia, o crime teria sido cometido por vingança.
Alma foi morto em um acerto de contas, porque um dos acusados acreditava que tinha direito de receber valores devidos em razão de uma suposta herança, de um empréstimo de dinheiro a juros feito entre o garagista e o pai do acusado.
O valor teria sido emprestado a uma terceira pessoa, que não reconhecia a origem do dinheiro e se negava a pagar. Carlos não teria permitido que os autores matassem o devedor, então os acusados acabaram se voltando contra ele, concluiu a polícia.
Conforme relatado pela polícia, ao menos 6 pessoas estariam envolvidas no sequestro, cárcere privado, homicídio e ocultação de cadáver de Carlos Reis. O crime teria acontecido no dia 30 de novembro de 2021, quando a vítima foi atraída até a oficina do suposto mandante do assassinato. Alma teria sido morto a tiros e esquartejado.
Inquérito policial da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) aponta que Alma atuava com agiotagem e que tinha um ‘parceiro’ para o crime, pai do suspeito de seu assassinato. O homem acabou morrendo em 2020, quando o filho ganhou progressão de regime e teria passado a cobrar o dinheiro de ‘herança’.
Mesmo assim, o acusado ainda teria feito negócios com Alma e estaria devendo para ele, que seguia fazendo as cobranças e ameaças. Naquele dia 30 de novembro, momentos após o vídeo que mostra a última vez em que Alma foi visto, ele teria ido até a oficina do suspeito, em uma emboscada.
No final de janeiro, foram feitos pedidos de prisões temporárias de 6 pessoas, além de mais de 10 mandados de busca e apreensão. Todos foram deferidos, mas a princípio apenas um dos envolvidos foi localizado e preso.
Apontado como mandante do crime e o comparsa, os integrantes da facção criminosa foram abordados e detidos em flagrante em 4 de dezembro, dias após o ‘desaparecimento’ de Alma. Eles ainda confessaram que tinham dívidas, mas negaram participação no desaparecimento.
No dia, eles foram detidos em um carro, na região das Moreninhas, sob suspeita que estavam fugindo da cidade.