O jovem morto em confronto com policiais do Batalhão de Choque, na noite dessa quinta-feira (10), no Bairro Caiobá, Júlio César de Souza Marques, de 26 anos, conhecido como ‘Perninha’ tinha 184 passagens pela polícia e estava foragido. A morte de Júlio foi a segunda resultado de confronto com a polícia em um intervalo de poucas horas em Campo Grande. Horas antes, Alexandre Barreto de Castro, de 27 anos, também morreu em confronto, no bairro Parati.
‘Perninha’ tinha passagens desde 2006 por furto, tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e roubo, sendo que participou do roubo à agência bancária de Camapuã, em março deste ano. Na noite de ontem, Júlio trocou tiros com os policiais em uma casa, na Rua Francisco Antônio de Souza.
Os policiais chegaram à residência por volta das 21h30, quando ao perceber a presença dos militares ‘Perninha’ tentou fugir correndo para os fundos da casa. No corredor da casa, ele foi alcançado e disparou contra os policiais, que revidaram.
Júlio foi atingido no tórax e chegou a ser socorrido para o Hospital Rosa Pedrossian, mas morreu.
Na madrugada do dia 13 de março, Polícia Militar acionou o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), após informação do assalto ao banco. Empresa de monitoramento teria relatado que três homens estariam dentro do banco, com fuzis, coletes balísticos e usando balaclavas.
Foram acionadas equipes do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e também do Batalhão de Choque. No entanto, no local ninguém foi encontrado. Na agência, foram identificados os sinais de arrombamento, a princípio indicando que o grupo teria invadido pelo terreno dos fundos.
Uma corda de aproximadamente 10 metros foi usada para escalar a janela, sendo que uma janela dos fundos foi arrancada. Na parede ao lado da porta que leva aos cofres do banco, várias marcas de marretadas foram encontradas. Os suspeitos não conseguiram chegar ao dinheiro, mas tiveram acesso ao outro cofre.
No cofre menor que os bandidos tiveram acesso estavam duas armas de fogo — revólveres calibre 38 — e dois coletes balísticos, usados pelos seguranças do banco. Os objetos foram furtados. Nas investigações, equipes do Garras identificaram que os autores teriam retornado para Campo Grande, onde se escondiam. Várias ferramentas usadas no crime foram apreendidas no dia do crime.
De acordo com informações da polícia, Alexandre estaria de moto e não teria acatado ordem de abordagem feita por policiais do Tático 10BPM. Em frente a uma oficina, ele então sacou uma arma e, antes de atirar, foi atingido. Moradores relatam que viaturas perseguiam ele, que estava de moto.
Alexandrinho ainda chegou a ser levado pelos policiais para atendimento no Hospital Regional, porém veio a óbito. A Polícia Civil apreendeu um revólver calibre 38 com munições.
Alexandre foi absolvido da acusação de homicídio do policial militar Rony Maickon Varoni de Moura da Silva e depois preso por receptação, em 2018.
O policial militar Rony Maickon Varoni de Moura da Silva foi executado no dia 3 de junho de 2014 – enquanto dirigia uma Saveiro na BR-262, no Bairro Indubrasil, região oeste de Campo Grande. Ele estava com outro militar no carro e transportavam um malote com R$ 20 mil.