O caso de estupro de vulnerável contra uma menina de 12 anos em Campo Grande, registrado nesta sexta-feira (9), teria acontecido após a madrasta da criança a ‘trocar’ por drogas em uma boca de fumo. Um adolescente de 16 anos está apreendido pelo estupro após confessar e alegou que agiu sozinho.
Conforme a delegada Daniella Kades, titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento Infância e Juventude), o adolescente de 16 anos confessou o fato, mas alegou que foi uma relação consensual. Como a menina tem menos de 14 anos, o caso ainda configura estupro e ele deve ser encaminhado para uma Unei (Unidade Educacional de Internação).
A delegada ainda relatou que a menina de 12 anos veio para Campo Grande após ter morado com a mãe em São Paulo, por problemas que a mulher tinha. Assim, ela passou a viver com o pai e a madrasta. Na noite de quinta-feira (8), a madrasta teria abandonado a menina na boca de fumo, para pagar uma dívida de drogas.
Foi neste local que o crime aconteceu. O pai da menina ainda buscou a vítima no local nesta sexta-feira, e ela não contou nada para a família, mas revelou o caso para uma vizinha. Esta chamou a Polícia Militar, que apreendeu os três adolescentes. Na Deaij, a vítima não falou nada no depoimento especial, que é feito com acompanhamento psicológico.
Entretanto, ela teria confirmado os abusos a uma médica da UPA a qual foi atendida, porém, sem revelar detalhes de quem a estuprou ou se teria sido violada por mais de um adolescente.
Ela também não conseguiu falar nada na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que deve apurar os fatos de abandono de incapaz e abandono intelectual, além de maus-tratos. A informação é de que a menina estava sem alimento há dias e está bastante machucada.
A vítima ainda estaria passando muito mal, já que precisou tomar medicamentos no posto de saúde. A vizinha teria convencido a vítima a ir até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), que confirmou os sinais de estupro. Em choque com a situação, a vítima ainda não conseguiu prestar depoimento.
A menina foi novamente levada para um posto de saúde após passar mal na delegacia. Por decisão judicial, ela agora ficará com a vizinha, que obteve guarda temporária da vítima. Essa não teria sido a primeira vez que a menina foi deixada na boca de fumo, confirmou a delegada.