Quem acha que Gaby Amarantus se resume a Ex Mai Love está muito enganado. Enquanto o público aguardava ela cantar “se botar teu amor na vitrine, ele nem vai valer R$ 1,99”, no Festival de Inverno de Bonito, na noite dessa sexta-feira (26), a cantora foi trazendo várias performances, canções autorais e dizendo o quanto sonhava em se apresentar neste festival.

Antes e depois da apresentação, no Palco das Águas, Gaby recebeu a equipe do MidiaMAIS. Simpática, já abriu um sorrisão enorme no camarim, principalmente no momento em que foi questionada sobre o que achou em ter uma cobra batizada com o nome dela, no Bioparque, em Campo Grande.

“Fiquei muito feliz porque eu sou uma pessoa da Amazônia e eu cresci no meio da floresta, então, ver animais sendo resgatados, preservados e ganhar essa homenagem, ainda mais sendo votação popular, foi maravilhoso. Soube que teve votação da cobra no Bioparque e eu fiz campanha”, afirmou Gaby.

'Quero fazer uma selfie com a minha xará', diz Gaby

Gaby Amarantos celebra novo nome de cobra do Aquário do Pantanal (Foto: Bruno Rezende/Gov MS e Reprodução/Instagram)

Amante da fauna e flora, a cantora falou que ficou honrada com a homenagem, principalmente quando soube que a cobra havia sido resgatada no Pará, estado onde nasceu a artista. “Da próxima vez, quero conhecê-la e fazer uma selfie com a minha xará”, disse.

Sobre o Festival de Inverno, que está na 21ª edição, Gaby conta que sempre acompanhou e tinha o sonho de estar neste palco. “Queria muito. Ficava vendo a programação e hoje eu falo que é um dos dias mais felizes da minha vida. Saio de alma lavada por essas águas cristalinas de Bonito. Antes, via a programação do festival, falava que tinham artistas incríveis e hoje estou aqui, trazendo um pouquinho da minha região e da minha música”, argumentou.

Cantora ressalta que cultura paraense e indígena a inspiram com performances no palco

Apaixonada pelo seu estado de origem, Gaby defende a cultura paraense e fala da inspiração até na vestimenta no palco. “Acompanhei muito as festas de aparelhagem do Pará, que são grandes raves de tecnobrega. Também tenho muitas referências dos povos indígenas. Cresci vendo os tupinambás, os mundurucu e eles sempre se enfeitavam para tudo, então, era qualquer cerimônia era uma vestimenta, uma pintura e um cocar colorido. Tudo isso me inspira”, explica.

Gaby também faz danças sensuais e muito animadas no palco, momento em que fala da beleza feminina. “Penso que cada etapa do show é um momento de mostrar a exuberância e a beleza da mulher paraense, isso desde um look que é todo de folhas, mas, as folhas são azuis, para gente inverter um pouquinho o valor dessa floresta que a gente só enxerga verde, mas vai muito além. Também tem um pouco dessa periferia, então, é trazer também a exuberância e o corpo da mulher brasileira, então, são várias inspirações”, finaliza.

Muito fã da cantora, o servidor público Pedro Lima, de 59 anos, saiu de Campo Grande até Bonito, com a intenção de presentear Gaby com uma camiseta do Pará, que pertencia à filha dele. "Moro há 13 anos em Campo Grande, mas, sou de Belém do Pará. Chequei aqui em 2010, transferido e não consegui mais voltar, mas adoro a nossa região", finalizou.