O São Paulo teve a chance de, enfim, quebrar o tabu de nunca ter vencido na Neo Química Arena. Mas após sair em vantagem, recuou demais na etapa final e acabou sofrendo o empate do Corinthians, por 1 a 1, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado deixou o time alvinegro na liderança da competição, com 14 pontos, dois a mais que o tricolor.
Agora são 16 partidas de invencibilidade do Corinthians diante do São Paulo no estádio em Itaquera: são 10 vitórias e seis empates. O resultado só não foi diferente porque o goleiro Cássio fez ótimas defesas no primeiro tempo, quando o São Paulo fez o gol, e evitou o pior. Depois, o Corinthians reagiu e conseguiu a igualdade.
As duas equipes entraram em campo com uma formação praticamente espelhada, com três zagueiros, os laterais atuando como alas e dois jogadores na frente: Willian e Jô pelo Corinthians e Luciano e Calleri, pelo São Paulo. E logo de cara os donos da casa tomaram a iniciativa e tiveram duas chances, com Mantuan, que chutou por cima, e com Willian, que obrigou Jandrei a espalmar uma cobrança de falta.
A partir daí, o São Paulo se encontrou em campo e passou a ter o domínio do duelo, tendo mais posse de bola, exercendo forte marcação e tentando criar as jogadas pelos dois lados do campo. O primeiro chute do tricolor saiu apenas aos 14 minutos, com Luciano arriscando de longe e a bola saiu sem direção.
Só que quatro minutos depois o goleiro Cássio foi exigido e passou a evitar o pior. Alisson recebeu um bom passe de Calleri e tentou mandar no canto, mas o goleiro corintiano salvou. Pouco tempo depois, no levantamento de Rodrigo Nestor na área, Calleri cabeceou com perigo e Cássio salvou novamente.
A pressão do São Paulo era maior, mas em uma falha defensiva, Renato Augusto recebeu pela direita e cruzou para Jô se antecipar a Arboleda e marcar. Após análise do VAR, a arbitragem anotou impedimento de Renato Augusto no lance e anulou o gol. Mas isso serviu para levantar os torcedores do Corinthians, que tentavam empurrar o time para equilibrar o jogo.
O jogo ficou parado em algumas oportunidades, por discussões fortes entre os jogadores, empurrões e análise do VAR em dois supostos pênaltis para o São Paulo. Até por isso o árbitro Wilton Pereira Sampaio deu quase dez minutos de acréscimo no primeiro tempo. E foi aos 50 que Alisson recebeu em boa posição, cruzou, Calleri ajeitou e abriu o placar.
Atordoado, o Corinthians mostrava grandes falhas defensivas e tinha dificuldade para criar as jogadas. E quase tomou o segundo ainda na etapa inicial, quando Cássio fez praticamente três milagres na mesma jogada, em chutes de Calleri e Rodrigo Nestor, e evitou mais um gol dos visitantes.
Na volta do intervalo, as duas equipes abriram mão do sistema com três zagueiros e nas mexidas o Corinthians conseguiu equilibrar o duelo para tentar mais chances. O São Paulo se defendia bem, mas abriu mão da posse de bola e apostava suas fichas em um possível contra-ataque para tentar matar o jogo. Mas as mexidas do técnico Rogério Ceni não deram certo.
Melhor no ataque, o time alvinegro teve uma boa chance com Maycon, pela direita, que cruzou, mas Rodrigo Nestor afastou. O São Paulo até chegou a fazer outro gol, com Eder, mas ele estava impedido e a marcação da arbitragem foi correta. A partir daí, o Corinthians passou a pressionar ainda mais em busca do empate.
O gol quase saiu aos 18, quando a bola espirrou e sobrou para Jô, que quase marcou. Um minuto depois, Diego Costa tentou afastar, a bola foi contra a própria meta e Jandrei salvou. Mas aos 34 não teve jeito. Lucas Piton recebeu em profundidade e cruzou na medida para Adson, que mandou de cabeça e deixou tudo igual em Itaquera.
A partir daí o duelo ficou aberto. O Corinthians tentava a virada, empurrado por sua torcida, e Ceni colocou Rigoni em campo, a fim de tentar o gol da vitória. Aos 48, Léo recebeu pela esquerda e cruzou para Igor Gomes. Livre, o meio-campista cabeceou para o gol, mas Cássio salvou novamente, garantindo o empate em casa. Na jogada, o goleiro acabou se machucando e foi substituído. Mas o duelo logo terminou.