Prova concorrida e que ganhou destaque nacional, o Rali de Canoagem de Bonito vai ser "resgatado" neste fim de semana, com. O Rali de Bonito teve sua primeira prova realizado em outubro de 1989 e durou cinco edições.
A Federação de Canoagem de Mato Grosso do Sul está resgatando este ano o rali como uma prova emblemática com a proposta de torná-lo novamente uma prova de referência para este esporte.
“O Rali de Bonito é histórico, surgiu numa época [entre os anos de 1980 e 90] em que era realizado em várias regiões do Brasil, e ficou marcado pelas características de um lugar ideal, com muita adrenalina e cercado de muita natureza”, afirma o sul-mato-grossense Rafael Girotto, presidente da CBCa e ex-presidente da FCaMS (Federação de Canoagem de Mato Grosso do Sul).
Naquela época, a prova contribuiu para alavancar o ecoturismo na Serra da Bodoquena. Apesar da repercussão da disputa em um ambiente natural incrível e alto grau de dificuldades, atraindo atletas de todo o país, a competição não durou muito.
Girotto é também atleta ranqueado pela CBCa e quer que o Rali voltou ao que era antes. "A ideia é resgatar essa prova emblemática, que agrega todos os canoístas, promovendo ao mesmo tempo um intercâmbio entre os veteranos e novos atletas”.
“A nossa meta é tornar o Rali de Bonito novamente uma prova nacional, como forma de fortalecer e popularizar a canoagem do Estado e divulgar nossas belezas naturais”, observa.
“Estamos resgatando a prova, com uma disputa aberta, sem contar ponto para o ranking, e estamos trabalhando para difundir mais a canoagem do Estado, que é forte, mas pouco praticada, envolvendo apenas oito dos 79 municípios", disse.
As cinco primeiras edições do Rali de Bonito foram realizadas no Rio Formoso, cujo percurso se estendia do Balneário Municipal ao antiga Ilha do Padre (hoje Eco Park Porto da Ilha).
A prova deste domingo (15), às 9h, terá a metade (6 km) do trajeto no mesmo rio – do Hotel-Fazenda Cachoeira ao Porto da Ilha -, com quatro cachoeiras. O rali é disputado por equipes de três atletas e se caracteriza pelos obstáculos naturais.
“O rali volta sem a dimensão do que foi no passado, mas se tornará com certeza em nível nacional a partir de 2023”, aposta o bonitense Eurípedes Pinho, 50. Ele é um dos principais atletas do Estado na sua categoria – venceu a primeira prova do Campeonato Estadual, disputada em março, em Campo Grande - e participou com destaque das edições anteriores do rali. A prova de domingo (15) também terá a participação de uma equipe de São Paulo.