A Polícia Federal cumpriu quatro mandados nesta quarta-feira (12) para desarticular a estrutura financeira de quadrilhas que atuam no contrabando e tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai. Dessa vez, os bandidos usavam até empresa de vigilância privada como fachada.
A Operação Contravigilância cumpriu três mandados de busca e apreensão em Mundo Novo, na divisa com o Paraná e a menos de 20 km do território paraguaio.
Também foi cumprido mandado em Magé, no Rio de Janeiro. Vinte policiais participaram da operação. O nome é alusão à atuação de um dos investigados no ramo da segurança privada. Entre 2013 e 2017, a movimentação financeira dos investigados chegou a R$ 20 milhões.
Coordenada pela delegacia da Polícia Federal em Naviraí, a operação visa desarticular lavagem de dinheiro e evasão de divisas, praticados pelo grupo criminoso. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.
Segundo a PF, as buscas ocorreram em endereços residenciais e comerciais dos investigados. Foram apreendidos documentos e aparelhos celulares.
Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munições. Na casa desse investigado os policiais encontraram revólver calibre 38, garrucha e três carabinas, além de munições de calibres diversos.
Conforme a PF, a quadrilha é acusada de dissimular a origem ilícita dos recursos financeiros obtidos com o contrabando e o tráfico de drogas e promover evasão de divisas para o Paraguai.
Mundo Novo fica a 30 km da segunda principal base do crime organizado na fronteira, a cidade de Salto del Guairá, refúgio de bandidos brasileiros, entre os quais os chefes da chamada Máfia do Cigarro.