Duas pessoas foram presas em flagrante, na tarde de ontem (16), suspeitas de agredirem até a morte um menino, de 1 ano e 7 meses. Uma das pessoas é a mãe da criança, uma jovem, de 23 anos, que chegou a afirmar que o bebê havia se afogado ao tomar água, mas teve a versão contestada por exames realizados. O crime aconteceu na cidade de Mundo Novo.
De acordo com a Polícia Civil, na tarde de ontem, o menino foi levado ao hospital do município, pela mãe, que informou aos médicos que a criança teria se afogado em casa, enquanto tomava água. Porém, a equipe médica constatou que a criança apresentava um quadro de parada respiratória, que posteriormente evoluiu para outras duas paradas cardiorrespiratórias.
A tentativa de reanimar o bebê durou aproximadamente uma hora, mas sem sucesso. A criança foi submetida ao exame de corpo de delito e o perito médico-legista constatou que a morte se deu por choque hemorrágico, provocado por uma lesão no pâncreas. A perícia ainda concluiu que o bebê apresentava várias lesões tanto internas, quanto externas, características de maus tratos.
A Polícia Civil também não descarta a hipótese da criança ter sofrido abuso sexual. “No momento, nenhuma hipótese está descartada. Há lesões sugestivas de abusos sexuais, mas ainda é cedo para afirmarmos que tenha ocorrido. Por outro lado, há indícios suficientes de que os investigados concorreram para a morte da vítima, razão pela qual estamos lavrando auto de prisão em flagrante e representando pela prisão preventiva de ambos”, explica a delegada responsável pelo caso, Allana Zarelli.
Reincidente – Ainda conforme a Polícia Civil, o bebê, de 1 ano e 7 meses, já havia recebido atendimento médico por conta de fratura em dois lugares de uma das pernas. A ocorrência foi registrada no dia 22 de agosto, há menos de um mês.
Na ocasião, os enfermeiros acionaram o Conselho Tutelar, mas a mulher afirmou que a criança havia se machucado no berço, onde provavelmente teria prendido a perna ao tentar descer. O casal preso está junto há aproximadamente 8 meses.
Além do bebê, a suspeita possui outros dois filhos, de 5 e 2 anos. Os três são frutos de relacionamento anterior da jovem, sendo que as crianças mais velhas passavam o dia na creche e somente o mais novo era cuidado pela mãe.