Policial militar de Campo Grande foi filmado agredindo verbalmente e fazendo ameaças à atendente de unidade da Subway, na noite desta quarta-feira (10). De acordo com testemunha, que por medo conversou com o Campo Grande News sob a condição de anonimato, o homem, identificado como "I.C.F.", 52, já chegou ao estabelecimento "alterado". Por isso, outros clientes, começaram a gravar.
Na lanchonete, localizada no Trevo Imbirussu, na região sul da Capital, o PM, que não estava uniformizado, provavelmente em dia de folga, dispara frase homofóbica contra o rapaz atrás do balcão: "você é um bosta, você é um viado [sic] enrustido".
No vídeo encaminhado ao Campo Grande News, é possível ver e ouvir quando o policial, parecendo bastante revoltado, joga objetos que estão em cima de um expositor enquanto xinga o funcionário. O trabalhador responde a um dos xingamentos, usando o mesmo termo, mas depois para.
A gravação também mostra que o policial está com a arma na cintura e chega a passar a mão por ela enquanto ajeita a camiseta e continua a fazer ofensas ao rapaz.
"I." Carlos faz ameaças de fechar o estabelecimento: "acabou! Hoje fechou! Pode ir embora!", diz em direção à porta para alguém que chega ao local. Em seguida, ele volta a mirar o atendente: "você não vai sair dessa bosta!".
A reportagem apurou ainda que as agressões começaram porque o homem apressou o funcionário para atendê-lo e o rapaz respondeu negativamente. Por isso, ele começou a gritar.
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da PMMS (Policia Militar de Mato Grosso do Sul) para saber se a corporação já sabia do ocorrido e iria apurar os fatos. Por meio de nota, a PMMS informou que "recebeu o vídeo em questão" e a gravação "foi repassada ao setor responsável. "Se identificado que se trata de um policial militar, será instaurado um procedimento investigativo", completa.
Além da PM, a Subway foi procurada, por telefone e via e-mail, mas até a publicação desta matéria não houve retorno.
A reportagem não conseguiu encontrar um telefone para falar com "I.", mas fez contato com advogados que o representam em ação penal militar e aguarda retorno. O espaço segue aberto.