SEXTA-FEIRA, 19 DE ABRIL DE 2024
DATA: 19/11/2018 | FONTE: G1/MS Jovem morta a facadas por Marcelo Piloto entrou na prisão fora do protocolo, diz promotor paraguaio Vítima era prostituta e ficou com traficante na cela por 40 minutos, antes de ser morta com cerca de 16 golpes de uma faca de cozinha. Intenção de Piloto era "evitar extradição".
Lidia Burgos, assassinada por Marcelo Piloto dentro da cela onde estava preso, no Paraguai — Foto: Polícia Civil do Paraguai

A jovem morta pelo traficante brasileiro conhecido como Marcelo Piloto entrou na prisão em que ele está, no Paraguai, fora do protocolo, diz o Ministério Público paraguaio. Lidia Meza Burgos, de 18 anos, ficou 40 minutos na cela e morreu após levar 16 facadas de Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga.

A vítima, ainda conforme o MP, era prostituta e o visitava pela 2ª vez. "Ela ingressou no presídio sem ser dia e hora de visita", disse ao G1 o promotor Hugo Volpe. Na ocasião, a investigação apontou que ela entrou às 12h35, no presídio em Assunção.

O boletim de ocorrência foi registrado nesse sábado (17). Ainda conforme Volpe, esta foi "uma atitude extrema de Piloto para impedir sua extradição", ressaltou. A Justiça do Paraguai autorizou a extradição do preso em 30 de setembro deste ano.

Gritos na cela

 

Lidia visitava Marcelo Piloto quando, por volta de 13h50, o guarda que fazia ronda no pavilhão da prisão ouviu gritos vindos da cela dele. Ao verificar, encontrou a mulher caída no chão, ensanguentada. Ela foi encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu.

De acordo com o promotor, Marcelo Piloto teria matado a jovem com uma faca. O corpo de Lidia foi submetido a autópsia e informações preliminares dão conta de que teriam sido 16 golpes.

Extradição

 

De acordo com a decisão que determinou a extradição de Marcelo Piloto, ele só poderia ser entregue às autoridades brasileiras depois da conclusão de dois processos abertos no país vizinho: um por homicídio e outro por produção de documentos falsos e violação da Lei de Armas - este último julgado nesta sexta-feira (16).

Na audiência, Piloto manifestou recusa à juiza e ao promotor do caso, segundo o MP paraguaio, na tentativa de prolongar a burocracia e adiar sua extradição.

Segundo Volpe, que está no caso, a apelação de Piloto para que não seja extraditado está em segunda instância e deve ser julgada em cerca de 15 dias, porém, se comprovada a culpa dele na morte da jovem, sua permanência no Paraguai ainda será analisada pela Justiça.

Nesta semana, a sócia do advogado de Marcelo Piloto, Laura Casuso, foi executada em Pedro Juan Caballero. Ela defendia outro narcotraficante brasileiro, Jarvis Pavão, e chegou a atuar em processos de Piloto, em parceria com Jorge Prieto, segundo o promotor do MP Paraguaio.

Ficha criminal

 

Marcelo Piloto possui extensa ficha criminal, que inclui crimes de homicídio, tráfico e associação para o tráfico, latrocínio e roubos. Ele estava escondido há anos no Paraguai, de onde enviava armas, drogas e munição para abastecer as favelas dominadas pela maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, Piloto chefiava o tráfico de drogas nas comunidades Mandela I, II e III, no conjunto de favelas de Manguinhos. Ele faz parte do grupo de dez traficantes acusados de participar do resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, de 29 anos, da 25ª DP (Engenho Novo), dia 03 de julho de 2012. Ao todo, ele já tem mais de 25 anos de pena a cumprir.

Ele foi preso em dezembro de 2017 no Paraguai, como resultado de um trabalho integrado entre a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado Segurança do Rio de Janeiro, a representação da Polícia Federal no Paraguai, Agência Antidrogas e Policia Nacional Paraguaia, além da agência antidrogas americana (DEA).

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