SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
DATA: 19/10/2018 | FONTE: CASA E JARDIM
Como escolher o melhor adubo para OrquÃdeas
Por muito tempo, achei que os donos daqueles exuberantes exemplares mostrados em exposições de orquÃdeas utilizassem fertilizantes carÃssimos, importados ou algum aditivo mágico, cuja fórmula era guardada em segredo. Perdi bastante tempo e dinheiro nos anos iniciais do meu cultivo de orquÃdeas testando novas composições, importando produtos que prometiam belas florações ou experimentando misturas caseiras malucas, sem nunca ter chegado a um resultado sequer satisfatório.
Com o passar do tempo, após muito estudar, testar e entrevistar cultivadores experientes, cheguei à conclusão de que não existe produto milagroso. As orquÃdeas crescem e florescem na natureza graças ao fornecimento de nutrientes encontrados no próprio ambiente em que vivem. Nada é sugado da seiva das árvores, cujos troncos são utilizados apenas como um suporte fÃsico para suas raÃzes. Os fertilizantes chegam através do ar, da água da chuva, da decomposição de folhas e detritos, dos dejetos de pequenos animais. Elas não dependem de grandes quantidades de adubopara cumprirem todas as etapas do seu ciclo de vida.
Evidentemente, no nosso cultivo doméstico, ou mesmo em estufas comerciais, devemos suprir esta demanda por nutrientes de uma forma artificial. Mas não é necessário enlouquecer com um esquema alucinante de adubações. O importante é entender quais são as opções disponÃveis de fertilizantes e escolher o método que melhor se adequa à rotina e ao ambiente de cultivo de cada um. Existem basicamente dois tipos de adubos disponÃveis para jardinagem: o orgânico e o inorgânico, erroneamente chamado de adubo quÃmico. O fertilizante orgânico precisa ser decomposto por micro-organismos, fungos e bactérias, que vão liberar os nutrientes para serem absorvidos pelas raÃzes das orquÃdeas. Já o composto inorgânico, que tem fórmulas variadas, já entrega todos os elementos necessários ao desenvolvimento da planta, sob a forma de macro e micronutrientes.
A escolha entre um e outro vai depender das preferências de cada cultivador. Eu não gosto de adubos orgânicos, tais como torta de mamona, farinha de osso e bokashi, porque cultivo minhas plantas em apartamento. Com o apodrecimento destes materiais, surgem os mais desagradáveis odores, além da atração de insetos indesejáveis. Para o cultivo dentro de casa, este método não é muito cômodo.
O problema da adubação inorgânica, do tipo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), é a difÃcil escolha entre as dezenas de marcas e formulações disponÃveis. Eu costumo priorizar marcas e fórmulas especialmente desenhadas para o cultivo de orquÃdeas. Existem no mercado composições desenvolvidas para auxiliar os diferentes estágios de vida da planta, tais como crescimento, manutenção e floração.
Em resumo, se o cultivo de orquÃdeas for ao ar livre, com boa circulação de ar, os adubos orgânicos são interessantes. A periodicidade de aplicação é menor, a escolha dos materiais é mais tranquila, e o resultado satisfatório, mais próximo ao que a planta obtém na natureza. Par quem cultiva dentro de casas e apartamentos, o adubo inorgânico, do tipo NPK, é mais recomendável. O interessante é utilizar fórmulas para orquÃdeas, alternando os produtos de acordo com as fases de desenvolvimento das plantas.
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