QUINTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2024
DATA: 18/10/2018 | FONTE: Midia Max Em golpe, hacker ‘sequestra’ conta do WhatsApp e pede dinheiro emprestado a contatos

Quem costuma participar de grupos nas redes sociais deve ficar atento, nem todas as pessoas são confiáveis. Os grupos são locais de troca de informações e de entretenimento, mas um simples link pode causar prejuízo e transtorno. Segundo fonte da Polícia Civil, casos de hackers em redes sociais são comuns e as vítimas devem registrar o Boletim de Ocorrência.

O que parecia ser o link de vídeo com conteúdo sobre pesca acabou causando um transtorno ao repórter fotográfico Marcos Ermínio, de 31 anos. Ele passou por um sufoco após ter sido hackeado e ter a conta do aplicativo WhatsApp ‘sequestrada’ na noite nesta terça-feira (16). Tudo aconteceu muito rápido, quando ele clicou em um link de vídeo em um grupo na rede social. Na hora, a conta foi deslogada e ele não conseguiu mais ter acesso ao aplicativo.

Para Marcos, a ficha caiu na hora e ele já pediu para a esposa avisar aos amigos e familiares sobre o ocorrido. O hacker também foi rápido, poucos minutos depois já havia conversado com amigos do fotógrafo se passando por ele e pedia depósitos bancários.

“Preciso mandar 440 reais para um abençoado”. Foi esta a mensagem que o consultor de vendas Alécio Ayala, de 36 anos, recebeu do que pensava ser seu amigo. Ele explica que na hora não desconfiou, afinal o amigo tinha costume de puxar papo tarde da noite. “A gente sempre conversa tarde, ele é muito ocupado, então é quando temos tempo. Eu nem percebi, ele falou que precisava de dinheiro para um abençoado, eu achei que era para ajudar uma pessoa da igreja”, afirma.

Preocupado, o amigo se dispôs a ajudar, mas por sorte o aplicativo do banco não permitiu a transferência. Alécio conta que tentou fazer a transferência mais de uma vez, mas o aplicativo não facilitou e ele desistiu. “Eu até mandei um print para o golpista, achando que era o Marcos e explicando que eu não tinha conseguido. Ele ainda me respondeu que iria me depositar pela lotérica assim que pudesse, realmente não desconfiei”, diz.

Pouco tempo depois, o amigo recebeu o alerta sobre o golpe que o repórter fotográfico havia levado e se deu conta de que quase havia perdido seu dinheiro. “Eu ia perder um dinheiro que eu nem tinha”, diz.

Depois do golpe, vem a burocracia que é tentar bloquear a conta para evitar que o golpista possa fazer vítimas na rede de amizades de Marcos. Mesmo tarde da noite, ele teve que pedir o cancelamento da linha telefônica, pediu ao aplicativo WhatsApp o bloqueio da linha e ainda foi à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para tentar registrar um BO.

“Sempre li sobre crimes virtuais, mas nunca imaginei que seria uma vítima. O problema maior é que eu usava a conta como trabalho, a minha agenda de contatos profissionais, eu fazia o contato por lá”, lamenta. Intrigado pelo golpe, Marcos procurou casos parecidos e descobriu que os hackers usam diferentes tipos de táticas.

Segundo fontes policiais ouvidas  casos como estes são comuns e devem ser registrados na Depac, que faz um atendimento mais rápido e depois irá encaminhar a ocorrência para a delegacia adequada. Os golpes virtuais podem ser registrados como extorsão ou estelionato.

O caso é enquadrado como extorsão, quando o hacker rouba a conta do usuário e cobra um valor para a devolução do acesso. Já para casos como o do repórter, quando o golpista se passa pela vítima para obter vantagens, como transferências bancárias, o caso pode ser enquadrado como estelionato.

A ‘ vida’ na internet mostra que é preciso ter cuidado nas redes sociais, ainda mais ao conversar com estranhos. Casos como o de Marcos, que foi hackeado através de um link são comuns, mas a estratégia dos golpistas é variada. A reportagem já noticiou diversos casos do golpe, como dos ‘nudes’, quando o criminoso chantageia a vítima para não divulgar suas fotos nuasGolpes em sites de compras também são comuns, principalmente com a compra e venda de veículos.

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