S�BADO, 20 DE ABRIL DE 2024
DATA: 11/10/2018 | FONTE: top midia news
Candidato paga cabos com 'cheques voadores' e calote vira caso de polÃcia em MS
Centenas de pessoas denunciam não ter recebido o dinheiro combinado para trabalharem na campanha de Edilso Vieira, candidato a deputado estadual pelo Podemos. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga por parte dos cerca de 700 cabos eleitorais que alegam o prejuÃzo.
A ‘vingança’ pelo calote apareceu nas urnas, já que o postulante recebeu 490 votos e ficou distante da conquista pela cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Vieira é empresário de Amambai e foi candidato à prefeitura do municÃpio em 2016.
Na véspera eleição, Vieira teria dado cheques sem fundo aos colaboradores, alguns com valores de R$ 10 mil. Nem o valor inicial e nem o extra foram pagos e, confrontado, o candidato teria dito que não poderia pagar, pois, pela data, configuraria ‘crime eleitoral’.
No inÃcio da tarde desta quarta-feira (10), ao menos quatro mulheres aguardavam mais colegas na mesma situação para registrar a queixa na delegacia. Os denunciantes afirmam ainda que posto de combustÃveis e o salão utilizado para reuniões de campanha também ficaram sem os acertos.
As tentativas de cobrança a Vieira, relatam, foram todas em vão. Foram contratadas para trabalhar de 10 de agosto até 15 de setembro, perÃodo pelo qual ganhariam de 250 a 350 reais. Boa parte das vÃtimas são do interior do Estado, e eram divididas em grupos para cada frente de trabalho.
O trabalho consistia em visitas a bairros, idas a reuniões, bandeiradas e adesivagens, e envolvimento em publicações em redes sociais através de curtidas, comentários e compartilhamentos de conteúdo a favor do candidato.
Contudo, não teriam recebido sequer dinheiro de transporte público ou água, no serviço que muitas vezes era sob sol quente sem horários definidos. Ainda, foram solicitados a cumprir tempo extra de campanha, além do dia 15 de setembro.
Enganados
“Tem um áudio dele ameaçando as pessoas, algumas pessoas tinham que viajar com a própria gasolina, tiravam dinheiro do próprio bolsoâ€, diz uma das denunciantes.
A enfermeira Luzineide Maria Alves, 52 anos, disse que não está indo atrás por conta do dinheiro, mas em busca de uma punição à má-fé do candidato. “É para ele parar de fazer issoâ€, diz.
Outra colaboradora, a dona de casa Ana Carla Sousa Pereira diz que tinha esperança da polÃtica ser renovada e se decepcionou. “Não imaginei que isso poderia acontecer, por várias vezes deixei filha pequena com vizinha para atender à s ordens da campanhaâ€, relata.
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