o ex-governador André Puccinelli teve nestes dias apenas a visita dos advogados André Borges e Renê Siufi, e de aliados políticos como os deputados estaduais Junior Mochi e Márcio Fernandes, e Ulisses Rocha, presidente do diretório municipal do MDB em Campo Grande.
ele teria optado por não receber familiares neste momento, a fim de evitar maior exposição e também porque se demonstra confiante com parecer favorável do recurso de habeas corpus enviado ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
André, o filho André Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira da semana passada, em desdobramentos da Operação Papiros de Lama, que apura esquema de corrupção, fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.
Na terça-feira, eles tiveram habes corpus negado no Tribunal Regional Federal (TRF-3), motivo pelo qual os advogados recorreram ao Supremo. Apesar do primeiro revés na justiça, o MDB mantém André como plano A e pré-candidato ao governo do Estado.
CONDIÇÕES DA PRISÃO
Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), André e o filho dividem com outros internos uma cela com capacidade para 24 pessoas no Centro de Triagem, localizado no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, em Campo Grande.
A unidade é destinada a presos especiais e não permite contato a massa carcerária de outros pavilhões. A cela é simples, não tem chuveiro elétrico e lá é oferecida a mesma refeição entregue a outros presos. Além disso, eles mantêm rotina semelhante aos demais, com banho de sol diário.
O filho de André é advogado e deveria estar no Presídio Militar, porém, assinou documento abrindo mão de sua prerrogativa legal e escolheu ficar com o pai. Por sua vez, João Paulo foi encaminhado ao Presídio Militar, destinado a policiais e advogados investigados ou condenados.