QUARTA-FEIRA, 24 DE ABRIL DE 2024
DATA: 26/06/2018 | FONTE: midiamax Mundo Novo-Filho de PM que chefiava quadrilha de traficantes foi executado por pistoleiros em 2017 Ninguém foi preso pelo homicídio

Jovem de 25 anos morto por pistoleiros no dia 25 de junho de 2017, em Mundo Novo, era filho do policial militar preso nesta segunda-feira (25) pela Polícia Federal por supostamente integrar quadrilha especializada no tráfico de drogas. O rapaz foi atingido por oito disparos de pistola nove milímetros no momento em que conversava com amigos em uma lanchonete da cidade.

Na época, testemunhas contaram que a vítima foi alvo de emboscada de dois pistoleiros que chegaram atirando na lanchonete em que ele estava. Os autores estavam em Honda CG Titan preta. Equipe do Corpo de Bombeiros realizou o socorro, porém o jovem morreu ao dar entrada no Hospital Bezerra de Menezes.

A ocorrência foi registrada, na delegacia de Mundo Novo como homicídio qualificado pela traição, de emboscada e ninguém foi preso até o momento.

 

Operação PF

A operação deflagrada pela Polícia Federal ‘Laços de Família’, em Mato Grosso do Sul e mais quatro estados nesta segunda-feira (25), prendeu um policial militar apontado como chefe da quadrilha, que atuava na região do cone-sul do Estado. O militar, que não teve o nome divulgado, seria dono de uma Ferrari, que custa mais de R$ 500 mil. Ele trabalhava em Eldorado e atuava junto à família em Mundo Novo.

Quinze integrantes da quadrilha foram presos durante a deflagração da operação no Estado. A base da quadrilha ficava em Mundo Novo, onde foram presas 13 pessoas. As outras duas prisões aconteceram em Naviraí e em Eldorado.

Entre os presos está uma mulher, que estava com tornozeleira eletrônica, e ajudava no financiamento e lavagem de dinheiro da organização que atuava de forma semelhante à máfia: os chefes da organização eram da mesma família e tinham estreita ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

Para impor medo e respeito aos adversários, o grupo praticava torturas em crimes violentos. A quadrilha era tão organizada que usava ao menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico.

Vida de luxo

A família de Mundo Novo, que teria o PM como chefe da quadrilha no Estado, ostentava uma vida de luxo incompatível com os salários. O militar tinha uma Ferrari avaliada em R$ 500 mil, além de outros carros de luxo, e ostentava viagens para o exterior com toda a família.

Apartamentos, casas, sítios e fazendas também faziam parte do patrimônio da família do narcotráfico. Na cidade todos tinham medo da quadrilha e um dos integrantes responde processo por homicídio.

Apreensões e prejuízo

A PF estima que, antes da operação, já tinha provocado um prejuízo de R$ 61 milhões à família com apreensões de drogas, joias, dinheiro e bens móveis e imóveis. Foram apreendidos R$ 310 mil para pagamentos de drogas, R$ 80 mil em joias, cinco embarcações, sendo quatro iates.

Desde 2016, quando as investigações começaram, foram apreendidas 27 toneladas de maconha, duas pistolas e duas camionetes.

A PF ainda não contabilizou as apreensões feitas durante a deflagração da operação.

A operação

Cerca de 210 policiais federais cumpriram 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 35 de busca e apreensão, 136 de sequestro de veículos terrestres, 7 mandados de sequestros de aeronaves, 5 de embarcações de luxo e 25 de imóveis. Os estados em que são cumpridos os mandados São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Rio Grande do Norte.

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