SEXTA-FEIRA, 29 DE MAR�O DE 2024
DATA: 22/06/2018 | FONTE: Veja
ProteÃnas: saiba qual é a quantidade ideal de consumo
Segundo especialistas, a alimentação diária fornece o que o corpo precisa, sem a necessidade do consumo de suplementos proteicos. Entenda:
O baixo consumo de proteÃna pode exercer efeitos negativos no corpo, como queda de cabelo, rachaduras na pele e até perda de peso, à medida que a massa muscular diminui. Por causa disso, muitas pessoas recorrem ao consumo controlado para fortalecer os músculos e evitar as consequências de uma dieta pobre no nutriente. No entanto, segundo artigo da BBC, apesar de existir esta associação — que não está incorreta –, os efeitos colaterais de não consumir proteÃna em quantidade suficiente são raros e ocorrem, principalmente, em quem apresenta distúrbios alimentares.
Uma das funções mais importantes da proteÃna é auxiliar no crescimento e regeneração do corpo. Alimentos com alto teor proteico – como laticÃnios, carnes, ovos, peixes e feijões – fornecem este nutriente, que é absorvido pelo intestino, depois de ser quebrado em partes menores no estômago. A partir daÃ, o fÃgado escolhe quais deles o organismo vai precisar, e o restante é descartado pela urina.
Como o corpo elimina o excesso, não é necessário consumir proteÃna a mais. Portanto, recomenda-se a ingestão diária de 0,75g por quilo de peso corporal; uma média de 55g para homens e 45g para mulheres (ou duas porções de carne, peixe, tofu, nozes ou leguminosas).
ProteÃna e músculos
A proteÃna, de fato, tem um papel essencial na construção muscular, e a prática esportiva pode auxiliar nesta função. ExercÃcios baseados na força provocam a quebra de proteÃnas no tecido muscular, mas os músculos só ficam mais forte quando elas são reconstruÃdas. Por isso, alguns especialistas recomendam a ingestão de proteÃna pós-exercÃcio — o que permitem que essa reconstrução ocorra. Esse consumo geralmente acontece com os suplementos proteicos, como o whey protein.
Perda de peso
A proteÃna também está associada à perda de peso. Dietas de baixa ingestão de carboidratos (low-carb) e ricas em proteÃnas, como a Paleo e a Atkins, prometem prolongar a sensação de saciedade. Isso porque, segundo estudos, um café da manhã com alto teor proteico pode ajudar a diminuir a vontade de comer ao longo do dia.
No entanto, Alex Alex Johnstone, da Universidade de Aberdeen, descobriu que cortar carboidratos tem efeitos prejudiciais para a saúde intestinal, por isso, ela não recomenda a dieta do tipo ‘Atkins’. Para indivÃduos com sobrepeso, ela aconselha uma dieta rica em proteÃnas e moderada em carboidratos, que consista em 30% de proteÃna, 40% de carboidrato e 30% de gordura. As dietas convencionais costumam contemplar, em média, 15% de proteÃna, 55% de carboidrato e 35% de gordura.
Consumo excessivo
Alguns nutricionistas acreditam que uma dieta rica em proteÃnas pode prejudicar os rins e os ossos, entretanto, segundo Tipton, não existem muitas evidências que comprovem essa preocupação já que o limite máximo do corpo é quase impossÃvel de ser alcançado. A única exceção seriam pessoas com disfunção renal prévia; ainda assim, a probabilidade de efeitos adversos é muito baixa.
Mas, enquanto a proteÃna em si não é considerada prejudicial, muitos suplementos também são ricos em FODMAPs, grupo de carboidratos de difÃcil digestão, que podem causar inchaço, aumento da produção de gases e dores no estômago. Portanto, é recomendado ler atentamente os rótulos dos produtos antes de consumi-los para evitar efeitos colaterais.
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